04 julho 2006

A discussão do óbvio


Às vezes o óbvio é tão evidente que as pessoas não conseguem enxergá-lo. Caso do padrão de relacionamento desejável entre as duas coligações que se colocam no campo da oposição ao atual governo estadual, em Pernambuco. Não terá o menor sentido se as candidaturas de Humberto Costa e Eduardo Campos se digladiarem entre si. Não são adversárias, são apenas concorrentes. O adversário é o governador Mendonça Filho. Mais: há mais convergências do que divergências no discurso (ou seja, no ideário) dos dois oposicionistas – no apoio ao governo Lula, no diagnóstico dos problemas e na solução dos impasses do desenvolvimento do estado. Isto nos dá segurança quanto à conduta tática: cada um tenta se firmar conforme suas próprias possibilidades e ambos miram o mesmo alvo. No provável segundo turno, as condições estarão dadas para a unidade e a conquista da maioria eleitoral que os dará a vitória.

O óbvio, portanto, é tão óbvio... que nem deveríamos perder tempo discutindo isso.

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