25 agosto 2006

Bom dia, Cecília Meireles

Nesta manhã de muito sol e trabalho, um poema de Cecília Meireles para acentuar a leveza que há de se entrelaçar sempre com a determinação de lutar pelos nossos ideiais.

Modinha

Tuas palavras antigas
deixei-as todas, deixei-as,
junto com as minhas cantigas,
desenhadas nas areias.

Tantos sóis e tantas luas
brilharam sobre essas linhas,
das cantigas – que eram tuas –
das palavras – que eram minhas!

O mar, de língua sonora,
sabe o presente e o passado.
Canta o que é meu, vai-se embora
que o resto é pouco e apagado.

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