28 setembro 2006

Língua de chama

Se nenhum cidadão pode ser preso, salvo se flagrado cometendo algum delito, até domingo, dia da eleição, por que foi decretada a prisão preventiva de cinco acusados de envolvimento no incidente da compra do dossiê contendo supostas irregularidades no Ministério da Saúde cometidas na gestão de José Serra? Um artigo de Maurício Hashizume (veja www.cartamaior.com.br) sugere que a “Ordem de prisão preventiva de seis acusados foi apenas uma língua de chama de uma fogueira que arde com cada vez menos intensidade. Perda de força para casos que correm em paralelo fica nítida no comportamento da oposição.”

Adiante, assinala: “O grau de virulência do episódio passou a ser pulverizado principalmente pela eclosão de outros casos correlacionados. Um deles foi a abertura de inquérito, pelo delegado da PF em Cuiabá, Diógenes Curado Filho, para a investigação do empresário Abel Pereira. Ele é acusado de participar tanto do caso de negociações do dossiê com membros da família Vedoin como de manter ligações suspeitas referentes à “máfia das sanguessugas” com o ex-ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso, Barjas Negri, hoje prefeito de Piracicaba.”

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