27 novembro 2006

Bom dia, Cecília Meireles


Leveza

Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante,
mais leve.

E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.
E o que lembra,
ouvindo-se deslizar seu canto,
mais leve.
E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.

2 comentários:

Anônimo disse...

***

Anônimo disse...

Belo poema, fascinante, fantástico!
Ana Paula