21 novembro 2006

Lula reforça agenda política para formar governo de coalizão

Na Folha de S. Paulo de hoje: Em busca de um governo de coalizão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou uma agenda política que prevê reuniões com governadores aliados e da oposição, encontros com movimentos sociais e audiências com partidos como PMDB, PV e PDT.

Na quinta-feira, Lula participa, como convidado, de um almoço em Brasília com governadores aliados. Depois, convidará os da oposição para reuniões no Planalto, que poderão ser individuais ou por partido.Na própria quinta, Lula já recebe em audiência no Planalto, às 16h, o governador reeleito Alcides Rodrigues (PP-GO), que contou com o apoio na eleição do tucano Marconi Perilo.

No mesmo dia, o presidente se reúne com o PV. Além do PV, Lula também agendou encontro com o PDT em 28 de novembro. Os dois partidos não apoiaram o petista em sua campanha à reeleição. Agora, o governo tenta atraí-los para sua base de apoio no Congresso.

Entre os partidos, a audiência mais importante acontece amanhã, às 12h, quando Lula recebe o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). Defensor da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), Temer foi convidado no esforço para unificar o partido.Movimentos sociaisNo caso dos movimentos sociais, o presidente decidiu chamar os dirigentes dessas entidades para reafirmar que as "portas continuam abertas" no segundo mandato.

Segundo assessores, Lula avalia que teve um relacionamento muito próximo com esses movimentos no primeiro mandato e que agora precisa dar uma demonstração clara de que tal disposição será mantida. Entre as entidades a serem chamadas estão o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores).A agenda política visando o governo de coalizão foi definida ontem na reunião de coordenação política. A avaliação é que o cenário é favorável à formação de uma base mais sólida no Congresso, mas ela dependerá principalmente da partilha dos ministérios. Por isso, Lula quer, primeiro, negociar o seu "governo de coalizão" e políticas para destravar o crescimento. Só depois partiria para a oficialização de sua nova equipe.

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