15 janeiro 2007

Governo dos EUA sabia de tortura no Brasil durante a ditadura

No Vermelho: Documentos secretos do serviço diplomático norte-americano no Brasil do biênio 1973-1974, liberados ao público após 32 anos, revelam que a administração do presidente Richard Nixon (1969-1974) foi informada em detalhes sobre as torturas e os abusos contra direitos humanos na ditadura, mas não tornou os fatos públicos.

A pressão norte-americana contrária aos abusos só passou a ocorrer na administração de Jimmy Carter (1977-1981). Entre 1974 e a posse de Carter, foram mortos ou considerados desaparecidos pelo menos 89 militantes da esquerda no Brasil.

Num dos telegramas liberados, intitulado "Presos Políticos", o embaixador em Brasília, John Hugh Crimmins, hoje com 87 anos e vivendo em Maryland (EUA), recomendou que o governo Nixon não usasse contra o governo brasileiro o art. 32 da Lei de Assistência ao Estrangeiro, embora o próprio relatório reconhecesse que isso era legalmente possível.

Por essa regra, os EUA poderiam cortar créditos financeiros ao Brasil em retaliação a supostos abusos contra direitos humanos. Na época, os EUA financiavam programas de cooperação militar e de combate a narcóticos. "Negar assistência não faria [fará] com que o Brasil mudasse de idéia ou abandonasse seus esforços de segurança interna na esperança de reconquistar nossas boas graças; levaria [levará] um Brasil indignado a rejeitar de vez quaisquer esforços dos EUA para melhorar a situação", escreveu Crimmins em seu relatório de 1974.

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