28 fevereiro 2007

Bom dia, Marcelo Mário de Melo


VELHAS ÁRVORES

A Oscar Niemeyer e a todos que se mantêm
de esquerda e socialistas depois dos 60 anos


As árvores jovens se vergam
sob o tempo e o vento
podendo se quebrar
e interromper suas vidas.

No ofício de viver e crescer
elas se consomem
fincando as raízes
na terra-mãe
retesando as fibras
resistindo a impactos.

As velhas árvores
têm raízes fundas
e troncos grossos
que sustentam
a copa.

Decantando as décadas
o seu ofício é garantir
novas sementes
alimento e sombra
aos viajantes
alargando os esforços juvenis.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo poema, justa homenagem aos que lutam sempre pelos direitos do povo e pela revolução.
Jaime Melo