15 outubro 2007

Recife 2008: comentário de Inaldo

Em sua coluna Pinga Fogo no Jornal do Commercio de domingo Inaldo Sampaio escreveu:
Conselho ao prefeito João Paulo
Como já disse em privado, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, não vê qualquer impedimento ético para que o faça também em público, considerando-se a importância que tem para os partidos de esquerda a manutenção do controle da prefeitura do Recife.

Ele disse ao prefeito João Paulo, seu velho companheiro de muitas jornadas, que o PT não pode nem deve correr o risco de enfrentar quatro fortes candidatos de oposição - Raul Jungmann, Raul Henry, Carlos Eduardo Cadoca e Mendonça Filho - apenas com o nome do secretário João da Costa, que malgrado ser um político sério, honrado e competente, “é desconhecido até dos meios políticos”.

O vice voltou a insistir com o prefeito que as esquerdas têm que ter mais de uma opção, para que o eleitor que seja desse campo e não quiser votar no candidato do PT possa dispor de outra alternativa.

Isso foi dito a João Paulo diversas vezes, porém o prefeito do Recife continua irredutível na sua posição de ir para a luta contra os quatro pré-candidatos da oposição com um candidato único. E do PT.

Baseado no precedente histórico de que prefeito do Recife não elege o sucessor - Roberto Magalhães teve o apoio de Jarbas Vasconcelos em 1996 mas se elegeria com os seus próprios votos, segundo apontavam todas as pesquisas -, o vice-prefeito Luciano Siqueira não deseja pecar por omissão. Não só é a favor da tese do lançamento de múltiplas candidaturas pelos partidos de esquerda, como se apresenta como a opção do PCdoB, que está descolando do PT para lançar candidatos próprios à prefeitura de 11 capitais, entre elas Recife, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre."
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O comentário é correto e oportuno. Capta um traço da realidade no âmbito das forças que se aglutinam no Recife em torno da gestão do prefeito João Paulo, em particular a postura do PCdoB. Cabe ao leitor acompanhar o desenrolar dos acontecimentos. As decisões partidárias começarão a amadirecer no inicío do ano que vem.

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