24 dezembro 2007

Celebrar, como celebrar?

De José Amaro, por e-mail:

Celebrar o Recife eu o farei sempre.

"O Recife é um presente das águas. Uma Iemanjá modelada no barro dos aterros e na lama dos mangues. Uma vitória régia nascida nos alagados e protegida do mar pelas colônias de coral que carinhosamente lhe deram o nome". Este é o falar poético sobre a nossa querida Recife por Vanildo Cavalcante, de saudosa memória, e que se encontra reproduzida no meu livro Música e Ópera no Santa Isabel. Subsídio para a história e o ensino da música no Recife, pág. 32. Editora da Universidade Federal de Pernambuco.

Natal, para mim, deve ser um estado de espírito em permanente renascimento. E não um momento de exploração comercial como se é feito no mundo ocidental.

Chegamos a ter ojeriza sobre o que vem a ser "natal".

Quanto ao Ano Novo, para nós, é um rito de passagem. Uma página que viramos na nossa história. Sim, pois cada um de nós somos seres in históricos e com a virada da página vamos estar mergulhados no pensamento de um novo caminhar e, a cada passo, vemos que o mundo não é mais o mesmo, pois somos agentes de transformações.

A pieguice hipócrita pregada pelo interesses comerciais, nesta época, nos reduzem a vermes consumistas. É uma lástima.

Convido o prezado amigo a assistir no próximo dia 30 de dezembro, às 21 h., no Marco Zero, a apresentação do nosso grupo musica KORIN ORISHÁ, que executa a Suíte Afro-Recifense de minha autoria. Trata-se de uma tentativa e uma contribuição para desmistificarmos e desestigmatizarmos tudo quanto se pregou de preconceitos sobre os povos negros, os afro-luso-brasileiros.

As músicas são uma herança africana que se canta e se dança nos candomblés do Recife.

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