31 março 2008

Boa noite, Vladimir Maiakósvki

Picasso
Escárnios

Desatarei a fantasia em cauda de pavão num ciclo de matizes, entregarei
a alma ao poder do enxame das rimas imprevistas.
Ânsia de ouvir de novo como me calarão das colunas das revistas esses
que sob a árvore nutriz escavam com seus focinhos as raízes.

Lula: popularidade em alta

No Vermelho:
Governo Lula é o mais popular em 19 anos de Datafolha: 55%
. O governo do residente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou a maior taxa de aprovação desde seu início em 2003 – 55% de "bom" e "ótimo" contra 11% de "ruim" e "péssimo" –, aponta pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta segunda-feira (31) pela Folha de S.Paulo. Este é também o melhor índice obtido por uma administração desde que o Datafolha iniciou a série histórica, em 1990, no governo Collor.
. Veja no gráfico ao lado a evolução das avaliações do governo Lula, conforme o Datafolha. Na primeira pesquisa da série, em março de 2003, ele teve 43% de "bom" e "ótimo" e 10% de "ruim" e "péssimo", um saldo positivo de 33 pontos. No momento mais crítico para o governo (dezembro de 2005, auge da ofensiva do "Mensalão"), estes números passaram para 29% e 28%, um saldo de apenas 1 ponto positivo. Agora, o saldo positivo é de 44 pontos. Na pesquisa anterior do instituto, em novembro passado, os números eram 50% e 14%, saldo de 36 pontos. Relatório não está na internet - Até a tarde desta segunda-feira o instituto não havia publicado em seu site na internet o relatório da pesquisa; só estava disponível a informação publicada no jornal. Esta dava destaque às intenções de voto nas eleições presidenciais daqui a três anos – números que favorecem o candidato tucano José Serra, governador de Minas Gerais.
Foram omitidos dados que o Datafolha costuma pesquisar, tanto eleitorais (comparação com a pesquisa anterior, rejeição, segundo turno) como sobre a imagem do governo (respostas segmentadas por nível de renda e de escolaridade). O jornal fornece apenas dados isolados, como a elevação de 7 pontos no índice de "bom" e "ótimo" nas faixas de escolaridade média e superior, e com renda entre cinco e dez salários mínimos.
Eleitores de Serra e Aécio aprovam Lula - Nos dados publicados, os resultados favorecem amplamente o governo mesmo na região brasileira que se mostra mais cética, o Sudeste: 47% de "bom" e "ótimo" e 14% de "ruim" e "péssimo". A melhor avaliação do governo Lula permanece no Nordeste, com 68% de "bom" e "ótimo" e apenas 6% de "ruim" e "péssimo".
. Conforme a Folha, "a popularidade recorde do petista foi alavancada por uma recuperação da aprovação no Sul, tradicionalmente uma das regiões mais críticas a ele (aprovação subiu 11 pontos percentuais, para 52%), e pela ampliação do seu prestígio no Nordeste". O texto atribui a recuperação no Sul à "recuperação do setor agrícola".
. Desta vez o jornal apresenta também um interessante cruzamento, da popularidade do governo conforme as preferências eleitorais dos entrevistados. O governo tem forte popularidade entre os eleitores de todos os possíveis presidenciáveis pesquisados.
. Isto vale para os presidenciáveis da base governista, como Ciro Gomes, do PSB (67% de "bom" e "ótimo" contra 8% de "ruim" e "péssimo") ou Marta Suplicy, do PT (59% a 7%). E vale igualmente para os oposicionistas, os tucanos José Serra ( 52% de "bom" e "ótimo" A 13% de "ruim" e "péssimo") e Aécio Neves (51% a 12%) ou Heloisa Helena, do Psol (50% a 11%).
FHC tinha 25 pontos abaixo de zero no 5º ano - A pesquisa foi feita entre os dias 25 e 27, com 4.044 entrevistados em 24 Estados e no Distrito Federal.
. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O jornal comenta que "em março de 2000, quando o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso completava também cinco anos e três meses, o Datafolha registrava só 18% de aprovação a FHC (e 43% de reprovação)", um saldo negativo de 25 pontos.
. O Sudeste e as Regiões Metropolitanas são os "pontos fracos" do governo segundo o jornal. "O Sudeste foi a única região em que Lula não teve crescimento de popularidade - o índice dos que consideram o governo "bom ou ótimo" só oscilou de 46% para 47%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de aprovação também subiu menos nas regiões metropolitanas (de 45% para 49%) do que nas cidades do interior, de 54% para 60%."
Da redação, com Folha de S.Paulo e Datafolha

Dossiê suspeito

No Vermelho:
Nassif revela evidências de ''dedo tucano'' no suposto dossiê
. O jornalista Luis Nassif conseguiu informações de bastidores que indicam a participação de tucanos na elaboração do suposto dossiê que a revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo --coincidentemente, dois veículos simpáticos ao tucanato-- andaram divulgando na última semana. Segundo informação postada no blog do Nassif, há inúmeras indicações que o suposto dossiê foi produzido por membros do governo Fernando Henrique para causar um ''fato político'' que estourasse no colo do Palácio do Planalto.
. No sábado (22), mesmo dia que a revista Veja chegou às bancas com a ''notícia'' sobre o suposto dossiê, este Vermelho publicou matéria do jornalista Cláudio Gonzalez que também levantava a hipótese do documento ser obra da própria direita, interessada em reeditar o episódio ocorrido às vésperas das eleições de 2006. (Leia aqui)
. Agora, Nassif traz novos indícios que fortalecem esta hipótese. Ele mesmo diz estar convencido de que o tal dossiê é uma armação. ''Não é a primeira vez que sigo a intuição e aposto em uma direção. Se estiver errado, pago o pato: me penitenciarei publicamente aqui no Blog e me exporei aos ataques dos adversários. Mas minha convicção sobre a natureza do suposto dossiê está mais forte'', diz ele.
. ''Tanto na matéria da Folha quanto da Veja, não havia uma indicação nem de onde veio o tal dossiê, nem quem foi chantageado por ele. E essa ausência absoluta de informações acende a luz amarela em qualquer jornalista com experiência em reportagem investigativa'', explica Nassif.
. Leia a matéria completa http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=35026

30 março 2008

História: 30 de março de 1935

Comício da Aliança Nacional Libertadora
Lançada a ANL (Aliança Nacional-Libertadora), no Teatro João Caetano, Rio. Prestes é aclamado presidente de honra, por proposta do então estudante Carlos Lacerda. O lema da ANL: "Pão, Terra, Liberdade!". (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).

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No Vermelho:
Jandira e Crivella estão empatados no Rio, diz Datafolha
. O senador Marcelo Crivella (PRB) e a ex-deputada Jandira Feghalli (PCdoB) lideram a disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, segundo pesquisa Datafolha, publicada na edição deste domingo (30) do jornal Folha de S.Paulo.
. De acordo com o levantamento, Crivella tem 20% das intenções de voto, contra 18% de Jandira. Em seguida, aparecem o deputado Fernando Gabeira (PV), com 9%, a deputada Solange Amaral (DEM), com 8%, e o deputado Chico Alencar (PSOL), também com 8%. Na lanterna, com 1%, vem Alessandro Molon (PT), candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Sergio Cabral.
. Se o secretário estadual de Esporte e Lazer, Eduardo Paes, também estivesse no páreo, a disputa ficaria da seguinte forma: Crivella (18%), Jandira (16%), Paes (10%), Gabeira (9%), Solange Amaral (9%), Chico Alencar (6%) e Molon (1%).
. Apesar de liderar a disputa, Crivella é o candidato com o maior índice de rejeição (28%), seguido por: Solange Amaral (18%), Gabeira (16%), Jandira (13%), Chico Alencar (11%) e Molon (6%).
O Datafolha mostra ainda que Crivella tem a preferência do eleitorado com baixa escolaridade (29% dos votos) e dos mais pobres (23%).
. Já entre a parcela da população que tem curso superior, Gabeira e Jandira se destacam, com 25% e 21% dos votos, respectivamente. O mesmo acontece entre os mais ricos. Gabeira tem 30% dos votos daqueles que recebem mais 10 salários-mínimos, enquanto Jandira tem 28%, dos que ganham de 5 a 10 salários.
. A pesquisa Datafolha tem uma margem de erro de quatro pontos percentuais para cima ou para baixo.

Ciência brasileira

Ciência Hoje On-line:
Previsão segura do desmatamento
Nova técnica garante identificação dos locais na Amazônia com maior risco de degradação futura
. Um método desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB) permite resolver o problema de como prever as áreas mais suscetíveis ao desmatamento na Amazônia. A técnica de análise cruza dados estatísticos de períodos anteriores com as características biofísicas da floresta e apresentou uma confiabilidade de mais de 70% nas análises já realizadas. A pesquisa foi elaborada por Darcton Policarpo Damião, diretor do Instituto de Estudos Avançados, do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) da Aeronáutica, em tese de doutorado apresentada para o Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB.
. A ferramenta estatística desenvolvida por Damião é capaz de oferecer uma análise multivariada, a partir da observação da ocorrência de desmatamento em anos anteriores. O método leva em conta dados referentes a características físicas do terreno, como declividade, proximidade de área desmatada, distância de rodovias, altitude, distância de hidrovias e existência de áreas de proteção ambiental, entre outras.
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/114879

Bom dia, Clóvis Campelo

Van Gogh
Auto-retrato

Sou a reta e sou a curva,
a mão esquerda e a direita,
o verão na praia do Pina
e a chuva que adoça o caju.

Sou a revolução que não houve,
as dúvidas da certeza
e a alegria das dúvidas.

Sou o pai e sou o filho,
o vento que anuncia tempestades,
o raio que corte o céu ao meio
no meio da tarde.

Sou martelo agalopado,
entidade de corpo fechado,
soneto na nova medida
e a bandeira de São João.

Sou Elefante e Pitombeiras,
sou o Galo da Madrugada,
sou o barulho da feira
e o som da procissão.

Sou o amarelo de Nossa Senhora
e o azul de Iemanjá,
sou calmaria sem vento,
sou selva de pedra e cimento,
relva plantada no chão.

Sou o tudo e sou o nada,
o silêncio e a batucada;
sou o sul e sou o norte,
faca cega e navalha de corte.

Eu sou o fogo da vida
e sou o sopro da morte!

Uma trajetória exemplar

No Vermelho www.vermelho.org.br
Um Brasil melhor
por Eduardo Bomfim

Nesta terça-feira passada, 25 de março, o Partido Comunista do Brasil completou 86 anos de existência. Uma trajetória rica em experiências e lutas em favor do Brasil e dos trabalhadores. Defensor permanente da soberania nacional, das transformações sociais e do desenvolvimento sustentável do país.

Acumula uma história de muitos êxitos, sempre presente nos momentos definidores em nosso itinerário nacional e das lutas sociais. Também vivenciou revezes, em decorrência de insuficiências teóricas, políticas, sobre episódios que envolvem peculiaridades das realidades internacional e nacional.

Mas, como frisou Luciano Siqueira, vice-prefeito de Recife, cidade que testemunhou o início do sentimento da nacionalidade: em 1922 começa uma saga sem paralelo na história dos partidos políticos brasileiros.

O PCdoB teve que se reorganizar em muitas ocasiões. Foi dado como aniquilado em diversos períodos de autoritarismo e sempre renasceu das atrozes perseguições em diferentes épocas da vida brasileira.

Atualmente, como declarou Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, os comunistas passaram a viver o tempo de uma nova peleja pelo socialismo, enfrentando novas condições para a luta democrática e popular.

Há, hoje, uma exigência às forças progressistas, aos intelectuais, aos militantes em várias organizações de esquerda, em renovar a teoria marxista, adequá-la ao século 21, extrair lições de derrotas históricas, observar novas experiências positivas que surgem.

Os comunistas buscam apreender, em maior grau, a nossa cultura, nas permanências e renovações, para melhor entender a alma brasileira. Assim, torna-se fundamental, atuar no curso da batalha política, com princípios.

Mas, abraçando a necessária amplitude nas relações com forças engajadas na defesa da nossa soberania, através da construção de um projeto nacional que contemple o presente e alicerce o futuro dessa extraordinária nação e seu povo singular, criativo, amante da paz, lutador destemido contra as injustiças de todas as espécies.

É dessa fonte, que o PCdoB procura a inspiração e compreensão necessárias, na convivência pluralista das diversas opiniões, participando através da sua “singela e exitosa” experiência, da luta pelo socialismo com características brasileiras. Afirmando, convictamente, que é possível um Brasil melhor, socialmente mais justo, mais humano, mais solidário.

29 março 2008

História: 29 de março de 1817

A repressão de 1817 em Os Mártires, óleo de Antônio Parreiras
Fuzilado em Salvador o padre Roma, herói da Revolução de 1817, delatado e preso ao tentar estendê-la à Bahia. Seu filho José Inácio de Abreu e Lima, também preso, mais tarde lutará ao lado de Bolívar e editará no Recife (1855) o jornal Socialismo. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).

28 março 2008

Esperneio

Costuma-se dizer que Brasília é “a ilha da fantasia”, para assinalar o distanciamento dos que vivem em gabinetes e se desligam do real sentimento do povo.

A imagem é boa, e bem se aplica ao comportamento de dois dos senadores pernambucanos, Jarbas Vasconcelos e Sérgio Guerra, que esperneiam indignados contra os elevados índices de apoio do governo Lula – que no Nordeste chega a 85% de aprovação na Região Nordeste, segundo pesquisa da CNI.

Coisa de uma oposição carente de discurso consistente.

27 março 2008

Entrevista

Luciano diz que anda conversando com vários partidos

Blog da Folha:
Na segunda da série de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura do Recife, o vice-prefeito e pré-candidato à sucessão municipal, Luciano Siqueira (PCdoB), fala ao blog. Luciano, cuja candidatura vem sofrendo resistência de setores governistas, especialmente do prefeito do Recife, João Paulo (PT), garante que não sairá isolado para a disputa.

"Nós temos a convicção de que não iremos sozinhos nesta eleição, iremos com aliados, mas temos que ter muita paciência com os aliados", disse Luciano.
O comunista também ressaltou a importância do pleito para a disputa para o Governo do Estado, em 2010.

"As forças políticas tentarão vencer no Recife na tentativa de acumular forças para a eleição de 2010. E 2010, em Pernambuco, é uma página quase em branco. A única variável consistente é que o governador Eduardo Campos (PSB) estará muito bem posicionado", afirmou.

O vice-prefeito disse ainda que, apesar de não ter definido o seu programa de governo, já tem na sua agenda alguns assuntos que deverão ser prioritários durante a campanha.

"Hoje - digo hoje porque daqui a mais três meses nós teremos amadurecido essa discussão - eu penso que seria o desenvolvimento econômico, o combate ao desemprego, meio ambiente e cultura", avalia.

O que o senhor considera o principal defeito da gestão e o que o senhor pretende fazer para resolver isso?

Eu acho que defeitos o nosso governo tem, como todo governo. Uma vez eu escrevi um artigo intitulado assim: governo é como gente não é perfeito, tem insuficiências e defeitos. Eu quero crer que uma avaliação mais precisa dos defeitos e das virtudes do nosso governo nós só teremos no final do governo.

Agora tem uma dificuldade que preocupa João Paulo e preocupa a nossa equipe como um todo que é a dificuldade de imprimir celeridade as nossas ações. Em parte porque nós falhamos em alguns momentos e em parte porque a lógica da burocracia estatal nos tira muita agilidade.

E como é que o senhor como pré-candidato a prefeito pretende dar agilidade a este processo?

Minha situação é uma situação peculiar e se assemelha ao companheiro João da Costa (secretário de Planejamento Participativo e pré-candidato). No meu caso, sou co-protagonista do governo na condição de vice-prefeito e co-responsável por tudo que tem de bom e também o que possa ter de ruim.

E quando nós estamos no exercício da função, assolados por demandas que são de ontem, nem sempre é fácil encontrar soluções. Porém, como pré-candidato, eu desenvolvo um esforço de reflexão com ajuda, inclusive, de pessoas com experiências de gestão, destinado a criar uma plataforma. E este aspecto vai ser um dos pontos também sobre o qual vamos avançar.

O senhor disse que ainda não avançou no seu programa de governo, mas já tem um norte do que o senhor pretende ter como prioridade para uma futura gestão?

Essa nossa proposta para o governo parte de uma preliminar, que é uma afirmação dos urbanistas e dos estudiosos em geral: a cidade está sempre em construção. Por conseguinte, governar a cidade implica reconhecer que os seus problemas e as suas potencialidades estão sempre em evolução.

Por essa razão, nós estamos ainda traçando uma plataforma, que é o termo que a gente prefere usar, apoiada em três eixos. O primeiro é o compromisso de consolidar as extraordinárias conquistas obtidas nos nossos dois governos consecutivos, liderados pelo companheiro João Paulo, naturalmente corrigindo deficiências e aprimorando o quem tem dado certo.

O segundo eixo e mais importante é a construção da nova agenda da cidade. Isso porque não apenas os problemas atuais se apresentarão em uma outra dimensão daqui a um ano, como também há um fato novo em Pernambuco, que é o início de um novo ciclo de crescimento econômico. Capitaneado pelos grandes empreendimentos industriais sediados em Suape, eles implicarão na exacerbação de alguns problemas clássicos nossos, como também no surgimento de novas oportunidades e desafios para a cidade.

E o terceiro eixo é a abordagem dos problemas estruturais da cidade do ponto de vista metropolitano, buscando soluções consorciadas. Existem problemas que são comuns ao Recife e a toda a Região Metropolitana. E a nossa experiência de governo mostra que tentar resolver o problema cidade por cidade, cada um individualmente, não é eficaz.

Agora, se você dissesse está certo, esses são os eixos, mas quais seriam as suas prioridades? Hoje - digo hoje porque daqui a mais três meses nós teremos amadurecido essa discussão - eu penso que seria o desenvolvimento econômico, o combate ao desemprego, meio ambiente e cultura. Acho que essas quatro prioridades sintetizam desafios, possibilidades e soluções para o Recife.

O senhor vai ter aí um concorrente que é seu colega de governo, que é o secretário João da Costa e ao mesmo tempo enfrentará nomes fortes da oposição como Raul Henry (PMDB) e Mendonça Filho (DEM). Como o senhor acredita que será campanha?

A minha expectativa se baseia em duas considerações. A primeira é que será uma disputa acirradíssima porque se o governo do Recife por si próprio tem importância estratégica na geo-política do Estado de Pernambuco, a eleição no Recife terá relação direta com as eleições de 2010.

As forças políticas tentarão vencer no Recife na tentativa de acumular forças para a eleição de 2010. E 2010, em Pernambuco, é uma página quase em branco. A única variável consistente é que o governador Eduardo Campos (PSB) estará muito bem posicionado para a próxima eleição. E lembre-se que ainda se têm nas próximas eleições duas vagas para os senadores. Então, a disputa será de interesses imediatos, ou seja, conquistar o Recife, e mediatos também. A outra premissa é que todos os candidatos mencionados até agora são quadros preparados competentes que tem o que dizer sobre a cidade. Então, a expectativa é que a campanha seja marcada por idéias e não por sangue e lama. Da minha parte, não há perigo de ter lama e sangue, apenas propostas.

E como o senhor acredita que será o seu relacionamento com João da Costa?

Nós não somos adversários. Nós seremos concorrentes. Representando partidos políticos que se separarão no primeiro turno do ponto de vista eleitoral, mas que irão se reunir no segundo turno. Eu espero manter a camaradagem de mais de sete anos de governo.

Como o senhor pretende manter a agenda de pré-candidato com a sua agenda de vice-prefeito?

Já estou conciliando as duas. Normalmente, eu trabalho até seis horas da noite e quando eu não tenho compromisso oficial eu já saio daqui para reuniões de pré-campanha, isso quando eu não tenho compromissos oficiais. E nos fins de semana a dedicação é quase que exclusiva para a pré-campanha.

E como anda essa questão de apoios? O prefeito João Paulo ainda continua insistindo na idéia de demover o senhor da sua pré-candidatura?

Demover não porque ele nunca se dirigiu ao PCdoB nestes termos, mas, na medida em que ele não se convenceu da tese de mais de uma candidatura, é natural e compreensível que ele se esforce para ter todos os partidos em torno do candidato do PT no primeiro turno, mas ele nunca fez nenhum apelo ao PCdoB neste sentido.

Ele respeita muito a nossa posição e da nossa parte nós continuamos conversando com todos, sem nenhuma discriminação. Esta é uma das coisas que nós temos muita experiência em Pernambuco. Desde 77 que participo da vida política em Pernambuco e sei que para construir alianças com partidos é preciso muita paciência e perseverança. E a maioria dos partidos resolveu se definir entre o final de abril e o começo de maio.

A gente vem conversando com todos os partidos, com o PMN, com o PTC, até o PT que não vai nos apoiar a gente conversa.

Aprendi uma coisa com Tacredo (Neves) ele dizia o seguinte: se você quer construir uma aliança sólida tenha paciência, fique "rouco" de tanto ouvir, não ache nada estranho e considere tudo legítimo.

Nós temos a convicção de que não iremos sozinhos nesta eleição, iremos com aliados, mas temos que ter muita paciência com os aliados.

Candidatura no Recife

Cerco sem aniquilamento

Abordado por muitos amigos – a maioria médicos – agora pela manhã no IMIP, onde estive para a cerimônia de inauguração do ambulatório, com a presença do presidente Lula, tive que responder a todos que me faziam a mesma pergunta de sempre: “Sua candidatura é pra valer?”

Na verdade, a pergunta invariavelmente é precedida de uma entusiasta declaração de apoio. Mais do que pergunta, é apelo para que permaneça candidato. – “O cerco é muito grande, não é?”, comentam.

Daí a imagem que venho compartilhando com amigos e apoiadores. A de uma campanha de “cerco e aniquilamento”, manobra militar destinada a vencer em definitivo a resistência do oponente, destruindo suas linhas de abastecimento, imobilizando-o num território restrito.

Mas nesse caso apenas a metade é real: o cerco; aniquilamento, jamais. Minha candidatura está sob cerco, isso é visível, ora explícito, ora velado – conforme o noticiário registra cotidianamente.

Porém não será aniquilada. Por algumas razões, dentre muitas.

Primeiro, porque é uma candidatura necessária ao conjunto das forças governistas no Recife, considerando a correlação de forças existente e a dimensão exata da batalha a ser enfrentada contra adversários potencialmente fortes.

Segundo, porque ela, a candidatura, não é fator de divisão; antes se presta a ampliar apoios eleitorais junto a segmentos do eleitorado que podem se inclinar a apoiar um dos adversários. Além de não dividir, minha candidatura só fortalece o nosso lado.

Além disso – conforme tenho esclarecido aos que me prestam solidariedade -, o que se propala pela imprensa não se sustenta na realidade. Por exemplo: uma suposta interferência do presidente Luta para remover a minha candidatura.

O presidente Lula não interfere em assuntos do PCdoB, partido ao qual pertenço. Ao contrário, Lula mantém com o nosso partido um relacionamento de alto nível, pautado pelo respeito mútuo e pela não ingerência em nossos assuntos.

Lula compreende muito bem que na multifacética e diversificada realidade brasileira, devem ser consideradas as circunstâncias locais quando se examinam a correlação de forças real e as alianças político-eleitorais. Por isso, sequer tem inferido sobre eventuais discrepâncias internas do partido a que pertence, o PT. Ele sabe da dificuldade de unir em cada mnicípio todos os onze ou doze partidos que o apóiam em plano federal, sobretudo onde o pleito ocorre em dois turnos.

Por isso, concluo: há o cerco, mas não haverá aniquilamento. Nossas linhas de abastecimento são amplas e diversificadas. Temos, eu e o meu partido, maturidade e experiência suficientes para enfrentar qualquer situação. Fomos curtidos através de longa trajetória de combates, muitas vezes travados em cenários adversos.

História: 27 de março de 1984

Os Txukahamãe liderados por Raoni bloqueiam a BR-80 e fazem 12 reféns. Exigem, e irão obter, seu território sagrado ao norte do Parque do Xingu, MT. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).

Conquista democrática

Coluna semanal no portal Vermelho:
De carteirinha. Por que não?
Luciano Siqueira

Nos tempos difíceis de restrição à democracia – que infelizmente predominaram nesse pouco mais de um século de República em nosso país -, vicejou a expressão “de careirinha” para caracterizar os ativistas mais combativos da luta do povo identificados com o Partido Comunista.

“Comunista de carteirinha” sempre significou militante “autêntico”, comprometido com o Partido, dedicado à causa comum. Mas, devido aos constrangimentos impostos aos comunistas, condenados à semi-legalidade e mesmo aos rigores da clandestinidade na maior parte dos seus 86 anos de existência, a carteira de identificação do militante só existira mesmo no curto de período do de legalidade vivido nos idos de 1946. Até que, em 2006, por ocasião do 11º. Congresso, foi instituída a Carteira Nacional Militante (CNM).

Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, em entrevista a Priscila Lobregatte, na página Partido Vivo (www.pcdob.org.br), assinala, com toda razão, que “neste momento de afirmação partidária, ousadia política e consolidação orgânica do PCdoB em todo o país, a Carteira significa compromisso e orgulho de ser militante do partido; significa reforçar a vida partidária coletiva e dar conseqüência à importante idéia de que ninguém deve atuar sem papel definido no partido”.

A carteira é um direito de todo filiado ao PCdoB. É ela que assegura a prerrogativa de votar e ser votado e de tomar parte amplamente nos processos de decisão no Partido.

Conquista do PCdoB? Sim, sem dúvida; mas igualmente de todos os brasileiros que se batem pela democracia.

A existência legal do PCdoB, assegurada na Constituição do país, tem enorme importância para o processo democrático no Brasil e para a formação de uma consciência social avançada, condição indispensável a transformações de envergadura na sociedade brasileira.

A carteira militante, pois, emerge com símbolo de fortalecimento partidário e de afirmação dos ideais democráticos do povo brasileiro.

Esse amigo de vocês, militante desde os anos sessenta, hoje pode responder, orgulhosamente, aos que lhe perguntam: “Você é comunista?” – Sim, de carteirinha e tudo. Por que não?

26 março 2008

Bom dia, Carlos Drummond de Andrade

Cuidado

A porta cerrada
não abras.
Pode ser que encontres
o que não buscavas
nem esperavas.

Na escuridão
pode ser que esbarres
no casal em pé
tentando se amar
apressadamente.

Pode ser que a vela
que trazes na mão
te revele, trêmula,
tua escrava nova,
teu dono-marido.

Descuidosa, a porta
apenas cerrada
pode te contar
conto que não queres
saber.

Nova agenda para o Recife

Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online):
O governo Lula e a nova agenda do Recife
Luciano Siqueira

No instante em que o presidente Lula assinar, hoje, um conjunto de ordens de serviço equivalentes, no Recife, a R$ 104 milhões em obras de saneamento e habitação – que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – estará praticando mais um gesto em favor do povo da cidade, dentre todo um cortejo de iniciativas, cujo marco foi, no início do primeiro mandato, a reurbanização da orla de Brasília Teimosa ocupada até então por mais de quatrocentas famílias que residiam em palafitas.

Anote-se aí não apenas a sensibilidade social do presidente, mas sobretudo o empenho em colocar o desenvolvimento como vetor principal do governo. Com importantes repercussões sobre o ambiente das cidades – o Recife inclusive.

O PAC, como se sabe, opera em três vertentes: energética; logística (nas diversas modalidades de transporte); e melhoria das condições de vida nos meios urbanos (saneamento e habitação).

Investimento em saneamento e habitação significa, a um só tempo, melhoria das condições materiais de existência do povo e impulso às atividades econômicas com elevada taxa de aproveitamento de mão de obra. Algo que por si mesmo produz impactos significativos numa cidade como a nossa, na qual sobrevivem mais de um milhão e meio de habitantes sobre o território de apenas 220 quilômetros quadrados; e em que aproximadamente um quarto da população reside em áreas de risco – morros e encostas, terrenos alagados ou alagáveis.

Motivos para comemoração? Claro que sim. Mais ainda motivos para reconhecer a necessidade de se projetar o desenvolvimento mediato da cidade, em conexão com o que ocorre na economia (e no novo perfil dos investimentos públicos) no país e em Pernambuco. Em outras palavras: formatar uma nova agenda para o Recife, na qual estejam contidos o esforço de consolidação das conquistas alcançadas durante os dois governos consecutivos liderados pelo prefeito João Paulo e a abordagem das novas oportunidades e novos desafios que se vislumbram no horizonte.

A nova agenda há de priorizar o desenvolvimento econômico com valorização do trabalho e expansão do emprego; a defesa do meio ambiente e a cultura – elementos articulados entre si e concebidos como linhas que haverão de costurar, integrando-as, as diversas políticas públicas setoriais a serem implementadas. À semelhança do que já faz, em grande medida, o governo Lula, do qual as forças políticas que governam o Recife – o PCdoB, inclusive - somos partícipes.

Defesa ambiental

Informa a Agência Brasil que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a reciclagem de garrafas PET para uso em embalagens de alimentos no Brasil. A medida tem grande impacto ambiental, pois permitirá que as empresas autorizadas reciclem boa parte do material que até então tinha como destino depósitos e aterros sanitários ou era descartado na natureza, onde levam cerca de 100 anos para se decompor. Em 2007, 184 mil toneladas de garrafas PET deixaram de ser recicladas no Brasil.

A resolução da Agência teve como base o surgimento de novas tecnologias capazes de limpar e descontaminar esse tipo de material, independentemente do sistema de coleta. Quatro empresas brasileiras já apresentaram pedidos à Anvisa para adotar essas novas tecnologias - duas no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e uma na Bahia.

Prevenção da Aids

. Uma boa iniciativa do Ministério da Saúde: o programa lançado ontem, que tentar reduzir a incidência da Aids entre jovens homossexuais - grupo no qual a doença tem avançado.
. Em 1996, dos jovens de 13 a 24 anos com Aids, 24% eram homossexuais; em 2006, o percentual subiu para 41%. O slogan da campanha é "Faça o que quiser, mas faça com camisinha". Estão previstas também ações para combater o homofobia e garantir o acesso dos homossexuais ao SUS.

25 março 2008

História: 25 de março de 1922


Os 9 participantes do Congresso de fundação
Congresso de fundação do Partido Comunista do Brasil (sigla PCB), no Rio e a seguir em Niterói. Reúne 9 delegados, eleitos por 73 militantes. É o início de uma saga sem paralelo na história dos partidos políticos brasileiros. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).

24 março 2008

Velho e renovado partido

No Vermelho:
PCdoB 86 anos: mais ousadia a serviço dos trabalhadores e da nação
Renato Rabelo
. O Partido Comunista do Brasil – fundado em 1922 – vinca uma trajetória na história política nacional de luta democrática, patriótica e popular, com grandes acertos, destacados êxitos e também grandes revezes importantes; com influência política crescente em grande contingente de trabalhadores e em apreciável camada da elite pensante nacional; com períodos de zig-zags políticos, vivendo a maior parte do tempo sujeito a pesadas perdas e a adversidades próprias dos ciclos de poucas aberturas e longas restrições à democracia que o Brasil atravessou no século passado.
. Teve que se reorganizar várias vezes, se reestruturar e se recompor em inúmeras ocasiões. Desde a reorganização do PCdoB, em 1962, apesar das vicissitudes da época, sua trajetória tem construído uma resultante singela e exitosa. As vitórias democráticas a partir do início da década de 80 no Brasil, a conquista da legalidade partidária e, por outro lado, as derrocadas, no final dessa década, das primeiras experiências socialistas do século passado, impuseram aos comunistas brasileiros exigências e desafios de novo tipo. Vitória mais significativa foi responder à profunda crise teórica e ideológica nos anos 90, mantendo a identidade do Partido Comunista do Brasil e seus princípios básicos, procurando plasmar, ao mesmo tempo, uma feição moderna e não perdendo de vista seus objetivos maiores articulados com uma tática ampla e flexível e métodos inovadores.
. Leia o artigo na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34660

Debate prospectivo nas bases do PCdoB

Têm sido amplas e participativas as reuniões realizadas pelas bases do PCdoB no Recife. Em média, 180 a 220 participantes. Após breve exposição sobre o quadro político-eleitoral da cidade, o debate é aberto.

Entre manifestações de apoio às duas gestões comandadas pelo prefeito João Paulo, e algumas observações críticas e pedidos de esclarecimento, emerge com força a idéia de uma nova agenda para a cidade.

A nova agenda diz respeito à evolução natural dos problemas atuais, que tendem a se apresentar em nova dimensão lá adiante; e aos impactos sobre o Recife decorrentes da expansão das atividades econômicas a partir dos grandes empreendimentos localizados no Complexo Portuário de Suape.

Um debate prospectivo. Inovador. Marcado por idéias ousadas, que combinam respostas imediatas às demandas cotidianas com solução para problemas de natureza estrutural.

É o ciclo inicial de reuniões de base. Posteriormente, tendo o esboço de plataforma (que está em elaboração) disponível, passaremos a um segundo ciclo, agora incorporando propostas das diversas áreas ao texto final.

Veja + PSDB = promiscuidade explícita

A promiscuidade entre a mídia reacionária e a oposição produz mais uma de suas pérolas. A revista Veja denuncia a existência de um suposto dossiê dando conta do uso indevido dos cartões corporativos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A Casa Civil do governo negou firmemente a existência do dossiê. Em seguida, o líder tucano no senado, o barulhento Artur Virgílio, avisa que irá tumultuar mais uma vez os trabalhos no Congresso por causa do tal dossiê... inexistente.

E assim caminha o Brasil, sob o fogo cruzado de uma direita que quer impedir que o governo governe, com apoio de órgãos de comunicação como a Veja, típico exemplo da velha imprensa marrom.

Bom dia, Austro Costa

As baronezas...

Todas de verde, alígeras, airosas,
ei-las que vêm chegando de longada,
para a festa solene da Embaixada:
o baile anual, de tradições gloriosas...

Viajaram toda a noite e madrugada
por águas turvas: não em mar de rosas,
mas, vêm todas, floridas e garbosas,
antegozando a emocional chegada...

Chegam todas, enfim! E, de repente,
pelo cais, pelas pontes, toda gente,
numa curiosidade sem surpresas,

pára e fica a assistir, horas a fio,
a grande festa da Embaixada (o rio),
em honra das Senhoras "Baronezas"...

Merenda para todos

Um projeto de lei promete trazer mudanças para a alimentação nas escolas públicas do Brasil, definindo Elaborado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e pelo Ministério da Educação, o Projeto de Lei 2.877, de 2008, um novo projeto de lei propõe mudanças no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e será apreciado por uma comissão especial do Congresso, já definida. Define a merenda escolar como um direito e estendo-a também para os estudantes do Ensino Médio.
*
Cabem duas observações. 1) Logo a oposição vai acusar a iniciativa do governo de eleitoreira. É esperar para ver. 2) Em nossa gestão, a Prefeitura do Recife passou a oferecer a merenda escolar para todas as crianças da rede municipal durante os 12 meses do ano. Inclusive no período de férias.

Ciência brasileira

Ciência Hoje On-line:
Nova estratégia de combate à esquistossomose
Técnica é capaz de silenciar gene essencial para o parasita e diminuir seu poder de infestação
. Um estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pode abrir caminho para um tratamento mais eficiente e sem efeitos colaterais da esquistossomose. Os pesquisadores aplicaram uma técnica, chamada de interferência por RNA, para desativar um gene essencial do Schistosoma mansoni, verme causador da doença, e, dessa forma, diminuir seu poder de infestação. A técnica pode ser promissora também no combate a outras doenças.
. A esquistossomose, popularmente conhecida como barriga d’água, é uma doença crônica, típica de países tropicais e subtropicais onde não haja boa infra-estrutura de esgotos. No Brasil, a moléstia atinge em torno de 10 milhões de pessoas, ou cerca de 5% da população. Em seu estágio mais avançado, pode causar diarréia e problemas no fígado, rins e bexiga.
. A equipe da Unicamp selecionou um gene fundamental para o metabolismo do verme causador da esquistossomose e identificou, dentro desse gene, uma seqüência de RNA mensageiro responsável pela transferência da informação genética.
. Com o auxílio de um programa de computador desenvolvimento pelo próprio grupo, foi criada uma pequena molécula de RNA (molécula de interferência) que, ao ser injetada no hospedeiro, destrói esse pedaço do RNA mensageiro. Dessa forma, ela é capaz de ‘silenciar’ o gene, sem causar dano ao organismo do hospedeiro.

Critério e responsabilidade

Na Folha de Pernambuco, por Marileide Alves:
Siqueira adota cautela para evitar embate com PT
Vice quer evitar programa de campanha contendo acusações
. Embora considere sua pré-candidatura “firme e forte”, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), procura agir com cautela quando o assunto é plataforma de governo. Ontem, o comunista se reuniu com alguns amigos e com sua equipe para discutir “informações e conceitos” relativos ao programa de campanha. “A gente está estudando com muito cuidado para não fazer acusações que pareçam críticas (ao PT). Pois não são. Na verdade, são prospecções de problemas que teremos que enfrentar mais adiante”, observou, sem revelar que tipo de conflitos poderia encontrar.
. Siqueira disse que, no debate, “não houve avanços suficientes” para que ele revele “resultados”. E confessou que está tomando “cuidado” para não ser “mal interpretado” em suas colocações, principalmente pelo PT e pelos partidos da base aliada. “Eu sou vice-prefeito, co-autor de um governo que ainda não terminou e sobre cujos resultados tenho responsabilidade. Então, tenho que tomar cuidado. Minha situação é diferente dos outros quatro candidatos que podem dizer livremente o que quiserem”, comentou, fazendo referência aos prefeituráveis Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB), Carlos Eduardo Cadoca (PSC) e Raul Jungmann (PPS), da oposição.
De acordo com o comunista, seu programa de governo está sendo elaborado com a colaboração de amigos, além de políticos das mais diversas legendas (aliadas). “Temos avaliado com atenção. Resolveremos isso mais à frente. Nossa plataforma se apóia nos êxitos (da gestão petista), mas identifica novos problemas, oportunidades e desafios para além do governo do prefeito João Paulo (PT), que não temos desentendimentos”, frisou.
. No próximo dia 14, o PCdoB realiza uma plenária, na qual reafirmará a pré-candidatura do vice-prefeito e fará um balanço dos encontros do comunista com lideranças em vários bairros da cidade. O encontro será às 19h, no Auditório Tabocas, no Centro de Convenções.
Foto: Sérgio Bernardo/Arquivo Folha

História: 24 de março de 1999


Violando o direito internacional, a Otan inicia ataques aéreos à Iugoslávia, com a justificativa de conter a limpeza étnica em Kossovo. A agressão dura 1 mês, seguida por longa ocupação, sem respaldo da ONU. Os bombardeios atingem seguidamente a população civil. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Ilustração: Guerra nunca mais, de Kate Kollwitz

23 março 2008

Cena de Portugal

. Vera Sena é uma gaúcha que vive na agradável Santiago do Cacém há sete anos, ao lado do português Carlos, onde se dedicam a assessoria de comunicação e marketing.
. Santiago do Cacém, Portugal, é governada pelo PCP, que visitei, juntamente com Ronald Freitas, há cerca de um mês atrás, para conhecer a experiência de governo local.
. Lá encontramos Vera. E fizemos essa foto, que registra a alegria do encontro. (Não queria publicá-la aqui, como prometi, sem enviá-la ao casal amigo - o que só foi possível fazer agora ao encontrar cartão de visitas que me deram e eu havia perdido entre livros e revistas da minha bagagem).
Na foto, Vera e Carlos ao centro, ladeados por Freitas e por mim.

22 março 2008

Marisa Gibson entendeu o contrário

Em sua coluna de hoje (Diário Político), sábado, Marisa Gibson escreveu: “Está fraco - A Plenária do Comitê do PCdoB/Recife, marcada para segunda-feira, para apresentar os planos do partido e consolidar a candidatura de Luciano Siqueira à Prefeitura do Recife, foi transferida para 14 de abril. A explicação: o comitê precisa de mais tempo para mobilizar mais as bases.”
*
Ela entendeu o contrário. A plenária foi adiada justamente porque o volume de reuniões prévias se expandiu rapidamente, tornando o tempo previsto estreito em demasia. Seria errado fazer a plenária ouvindo apenas parcialmente o amplo arco de militantes e amigos envolvidos com a pré-candidatura.

E também porque desejamos apresentar um esboço de nossa plataforma, que estamos construindo com a ajuda de algumas personalidades altamente qualificadas, cujas agendas de trabalho não permitem um ritmo mais acelerado.

A plenária será o coroamento desse primeiro esforço de mobilização. Não será o “lançamento” da candidatura, porque a lei não permite e o lançamento propriamente dito se dará na convenção partidária de junho. Mas reafirma nosso projeto em termos irreversíveis.

Atrapalha em quê?

Tenho o maior respeito pelas opiniões de Jorge Perez e Karla Menezes, presidentes estadual e municipal do PT, respectivamente. Mas discordo de ambos quando afirmam – segundo a Folha de Pernambuco de hoje – que a minha candidatura fragiliza o campo governista no Recife.

Fragilizaria se fosse um fator de divisão. Não é. Haverá apenas uma separação temporária entre PCdoB e PT, com um reencontro no segundo turno.

Ao contrário, fortalece nossas forças, tal a amplitude dos apoios que diariamente ajuntamos, partindo de segmentos que em princípio não se animam a votar no candidato do PT e admitem votar em candidatos situados na oposição.

Demais, deixemos com os eleitores se pronunciem em outubro.

Bom dia, Cecília Meireles

Murmúrio

Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.

Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.

Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!

21 março 2008

História: 21 de março de 1932


Manifestação de desempregadosnos anos 90
Getúlio cria a Carteira de Trabalho, garantia dos direitos fundamentais do assalariado. No entanto, ela nunca chega a se universalizar. E nos anos 90, com a ofensiva neoliberal, perde terreno. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).

Continuar é preciso

De José Amaro sobre nossa candidatura no Recife: Postulação de cargo político não é obra de um ser isoladamente. No caso da candidatura Luciano Siqueira, à Prefeitura do Recife, esta pertence ao Partido político e aos correligionários, coletivamente.

A aprovação de 83% da atual administração municipal, me parece, pertence coletivamente àqueles que somam no conjunto das realizações, que não são obras de um único indivíduo e, aquele percentual constatado por avaliação, não está somente direcionado ao prefeito e seus acólitos, mas inclui-se aí a participação do vice-prefeito, que mesmo estando na retaguarda, ele é parte integrante dessa administração.

O PCdoB pode não ter uma grande densidade eleitoral, como se é argumentado pela imprensa, para dissuadir a desistência de Luciano em favor de outrem, mas o nome que o Partido apresenta tem bastante densidade.

Quando a prefeita de Olinda, Luciana Santos, foi eleita, teria ela recebido votos apenas dos comunistas? Claro que não, a sua trajetória, a sua história, o seu desempenho na política desde as lides estudantis, a credenciou, pesando sobre os resultados positivos obtidos. E indo mais além, foi reeleita por seus méritos.

Quem vai pesar nestas eleições é o nome de Luciano Siqueira que há anos vem plantando boas sementes, tem uma exuberante história, incluído-se a sua lealdade, sua fraternidade e, certamente a igualdade, tripé que os políticos carreiristas não alcançam, mas o povão percebe.

Não vemos nenhuma pré-candidatura com nomes contundentes como o tem Luciano Siqueira conforme ficou patente nas últimas eleições para senador, em que pese existirem pré-candidaturas à direita, além de outras sem coloração, que recebem apoios incondicionais da imprensa, esta que tradicionalmente é conservadora e, enquanto possa influir para substituir uma administração à esquerda como a atual, tudo será feito. Apoio a um candidato do Partido Comunista, a nossa mídia jamais fará essa opção, por mais que a candidatura à esquerda seja a melhor que qualquer outra de direita

Quando falamos de imprensa lembramos as comerciais: escrita, falada e televisiva, onde se incluem o Diário de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio, quando este dá mostras com a pressão nitidamente feita através do comentário feito na coluna do Inaldo Sampaio,em 13 de março do corrente.

Camarada Luciano, quem sai na chuva é para se molhar, afirma o dito popular. Vamos mandar muita água sobre você, pois a água é um símbolo de vida e de abundância, que, com vida e abundância ainda haverá de fazer muito bem a nossa querida cidade do Recife. Continuar a candidatura a prefeito do Recife e preciso, desistir não é preciso.

O olhar de Da Costa sobre a crise norte-americana

Charge de Da Costa na Charge Online

A força das idéias

De Edson Tenório sobre nossa candidatura no Recife: Tenho acompanhado pela imprensa, pelo seu blog e por conversas esporádicas com camaradas de partido a construção de sua candidatura à Prefeitura do Recife.

Em todo esse processo, dois momentos me deixaram animado e confiante: o primeiro foi durante a plenária municipal do PCdoB, onde a sua pré-candidatura foi colocada como alternativa política viável e em consonância com o projeto nacional do nosso partido. Pude sentir, naquele instante, a disposição e a força de vontade da militância em fazer uma campanha diferente, criativa e ousada. O segundo foi durante uma pequena reunião para comemorar o aniversário de uma amiga, quando a maioria dos presentes, que não circulam entre os militantes do PCdoB ou de qualquer outro partido, externaram completa simpatia pela sua candidatura, considerando-lhe o candidato mais preparado e se dispondo, inclusive, a fazer a sua campanha.

Nas duas ocasiões, lembrei de uma reunião de campanha que participei em 2000, pouco antes do primeiro turno das eleições, quando poucos acreditavam em uma vitória de João Paulo e todas as pesquisas diziam que Roberto Magalhães estava reeleito. Ainda assim, você dizia aos militantes da UJS que não se podia subestimar o potencial de uma proposta inovadora de gestão, onde as pessoas teriam a possibilidade de eleger as prioridades do que seria gasto no orçamento do município. Mais do que isso, dizia que algumas tendências apontavam para uma virada política, de caráter progressista, na cidade do Recife.

Essas tendências acabaram se concretizando. A chapa João Paulo/Luciano Siqueira foi para o segundo turno e uma verdadeira 'onda vermelha' tomou conta da cidade. Hoje, este projeto encerra uma fase que durou duas gestões exitosas, estando à frente dois cidadãos competentes, honestos e com histórias de vida que se confundem com a própria história dos movimentos sociais e populares.

Vitória, vitórias

De João Paulo Gomes sobre nossa candidatura no Recife: Na vida lutamos sempre pela vitória. Nessa batalha (eleições majoritárias) somos pequenos e nossa chance de vitória eleitoral é pequena diante dos palanques dos adversários, mas pode ter certeza: a maior das vitórias é a politização do pleito, a firmeza de idéias como se tem tratado nessa pré-candidatura e a união perfeita de Partido Consistente e Coerente com Político fiel à luta do povo. Se a outra vitória (a eleitoral) vier junto desse processo, ficaremos ainda mais felizes.

Em defesa da livre orientação afetivo-sexual

Terça-feira próxima será inaugurado o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania Homossexual da UFPE, às 18h30min, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA. E, na sexta-feira, dia 28 de março de 2008, às 20h30minh, na concha acústica, próximo ao Teatro da UFPE, acontecerá a primeira calourada da diversidade sexual na UFPE. A calourada contará com a presença do Afoxé Oyá Alaxé, Dj's, e cantores e cantoras regionais.

O Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania Homossexual busca combater a homofobia, defender a livre orientação afetivo-sexual e difundir o respeito à diferença – a partir de saberes construídos e negociados no âmbito da Educação Superior.

Informações, nuch.ufpe@yahoo.com.br e pelos fones 91585981, 92938465 e 88627038.

A opinião pessoal de Sérgio Augusto

Do jornalista Sérgio Augusto da Silveira, enviado por e-mail:
LUCIANO SIQUEIRA PREPARA UMA BOA SURPRESA
Sérgio Augusto Silveira
sergioaugusto_s@yahoo.com.br

Mais do que qualquer outra razão, a definição da candidatura do vice-prefeito Luciano Siqueira à Prefeitura do Recife atende a um motivo incontornável, que é o atendimento à necessidade histórica de afirmação do octogenário Partido Comunista do Brasil. Não se trata, portanto, de ímpeto personalista do ex-deputado e dirigente comunista.

Pertence ao passado aquela tese pela qual seria indispensável a formação, desde já, de uma grande frente para chegar logo á vitória sobre os nomes mais bem aquinhoados em pesquisas eleitorais recentes, ou seja, o ex-governador Mendonça Filho, do DEM, e o deputado Carlos Cadoca, do PSC.

A tese da unidade já foi liquidada pelo baixíssimo e quase inexistente percentual obtido pelo candidato João da Costa, imposto pelo prefeito João Paulo. Sendo assim, para que o vice continuaria na invisibilidade da não candidatura?

Ao ver esse placar nas preferências pré-eleitorais, e, por certo, vendo-o parecido com alguma pesquisa que guardava na gaveta, Luciano Siqueira chegou à conclusão de que havia chegado a hora de seu partido subir ao palco com candidato próprio – por que não? Não lhe impressiona o argumento de que, divididas agora, as esquerdas entregarão de bandeja a vitória ao outro lado.

Outra coisa que define a aventurosa decisão do vice-prefeito do Recife é a orientação nacional do seu partido, o qual mostra-se hoje disposto a deixar de lado a fidelidade canina à velha aliança que sempre garantiu a unidade das esquerdas. A decisão do PCdoB é no sentido de ter, ao máximo possível, candidatos próprios às prefeituras pelo Brasil a fora.

Portanto, a decisão do dirigente comunista não está apenas balizada por motivos de província, embora ele, em suas manifestações, fale praticamente nada sobre tal orientação. Ele diz que prefere ir trabalhando em silêncio. É de se perguntar o que foi ou está sendo colhido por esse trabalho silencioso deste cidadão experiente e sobrevivente das prisões políticas da ditadura.

Vamos ver se as coisas continuam assim até a realização das convenções partidárias em junho próximo. De uma coisa todos estamos certos: se o PCdoB sempre se destacou pela sua coerência na preservação da unidade das esquerdas, portanto não é por um gesto de imaturidade ou mesquinha ambição o fato de ter decidido colocar no palco eleitoral a brilhante cabeça de Luciano Siqueira. Por certo teremos uma boa surpresa pela frente. Façam suas apostas.

20 março 2008

Plataforma de campanha

Coluna semanal no Vermelho www.vermelho.org.br
Plataforma: três eixos e um guarda-chuva
Luciano Siqueira

Se ficar no título, o leitor certamente entenderá nada. Que plataforma – de lançamento de foguetes? E que tem a ver com isso um guarda-chuva?

Calma, a gente explica. É o jeito de falar, ao estilo nordestino, lançando mão de imagens que ajudam as pessoas a compreenderem assuntos complexos.

Em geral dá certo, embora já tenha presenciado mal-entendidos engraçados. Como da vez em quem falava do modelo de desenvolvimento adotado pelo regime militar a uma platéia de estudantes em Belo Jardim, no Agreste pernambucano. Um aluno aparentemente atento parecia entender tudo, pois repetia sinais de concordância com um leve meneio de cabeça. A imagem a que recorrera era a de uma mesa de quatro pernas (dependência externa, arrocho salarial, preservação e reforço do monopólio da propriedade territorial rural e agronegócio para exportação; e a restrição das liberdades democráticas como tábua a fixá-las). Ao final da palestra, o aluno supostamente atento detonou a pergunta: “Uma mesa dessas só gente rica pode comprar. O senhor não acha isso uma grande injustiça?”

Tinha entendido nada, o farsante!

Voltando aos três eixos da plataforma e ao guarda-chuva. Plataforma, no caso, é a nossa proposta como candidato a prefeito do Recife – que está em elaboração. Os três eixos (que também chamo de três pilares) são: 1) a defesa do governo que fazemos e o compromisso de consolidar as grandes conquistas alcançadas nas duas gestões sob a liderança do prefeito João Paulo; 2) a nova agenda cidade, decorrente da necessidade de aprofundar e aprimorar essas conquistas e, sobretudo, de encarar novos problemas, oportunidades e desafios relacionados com o ciclo de crescimento econômico que ora se inicia em Pernambuco, puxado por grandes empreendimentos localizados principalmente no complexo portuário de Suape (com sérias repercussões sobre o Recife); e 3) a abordagem metropolitana (e solução consorciada) dos problemas estruturais que a cidade compartilha com as suas vizinhas que compõem a Região Metropolitana, sob uma visão urbanística moderna.

E o guarda-chuva? É constituído pelas idéias-força que amarrarão o conjunto das propostas setoriais: desenvolvimento econômico, emprego, meio-ambiente e cultura.

Deu pra entender? Se não, tenha paciência que voltarei ao assunto na medida em que nossas propostas forem tomando corpo.

História: 20 de março de 1629

O bandeirante Manoel Morato Coelho bate um recorde: com 3.100 homens, ataca a missão Guarani de Jesus-Maria (atual PR); volta a SP com nada menos que 20 mil índios "de corda" (escravizados). (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).

Bom dia, Menotti Del Picchia


Beleza

A beleza das coisas te devasta
como o sol que fascina mas te cega.
Delas contundo a luminosa entrega
nunca se dá, melhor, nunca te basta.

E a imensa paz que para além te arrasta
quanto mais se te esquiva ou te renega...
Paz tão do alto e paz dessa macega
que nos campos esplende à luz mais casta.

A beleza te fere e todavia
afaga, uma emoção (sempre a primeira e nunca
repetida) que conduz

o teu deslumbramento para um dia
à noite misturado, na clareira
em que te sentes noite em plena luz.

19 março 2008

A bandeira da reforma urbana

No Blog de Jamildo:
Reforma urbana na ordem do dia
Luciano Siqueira

O leitor pode até dizer que é o mesmo que malhar em ferro frio, os demais concorrentes não se interessam pelo tema. Porém mais do que uma intenção é um dever: colocar a reforma urbana na pauta das eleições municipais vindouras.

Mais fácil aos candidatos (e a seus marqueteiros) tratar de questões imediatas, pontuais, localizadas e que de algum modo possam ter ressonância no senso comum. No entanto, a um olhar mais profundo e consciencioso, os tais problemas imediatos são em geral a expressão de distorções estruturais que afligem as grandes e médias cidades brasileiras. Daí, nada mais oportuno do que cuidar das duas coisas: daquilo que emerge de maneira epidérmica e facilmente perceptível na vida cotidiana da cidade; e das demandas de natureza estrutural.

É aí que vem à tona a necessidade de uma reforma urbana como tema obrigatório na agenda das cidades.

Aliás – como assinalo em artigo na Revista Princípios, número 94, fevereiro-março 2008 – de certo modo a reforma urbana está em curso e é produto de uma luta de mais de quatro décadas, iniciada nos anos sessenta, como parte do movimento pelas chamadas reformas de base, sob o governo João Goulart. O Seminário Nacional de Habitação e Reforma Urbana, ocorrido em 1963, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, defende um Projeto de Lei nesse sentido e se torna, assim, o primeiro marco histórico dessa luta, que arrefece sob o regime militar e ressurge nos anos setenta através das lutas de associações de bairros por moradia, regularização dos loteamentos clandestinos, pelo acesso aos serviços de educação e saúde, e pela implantação de infra-estrutura nas áreas de ocupação; e nos anos oitenta, no bojo do processo constituinte, ganha força com a criação do Movimento Nacional pela Reforma Urbana. Alcança expressivas vitórias com a aprovação, em 1979, da Lei 6766, que regula o parcelamento do solo e criminaliza o loteador irregular; com a introdução do capítulo temático específico na Constituição de 1988 (artigos 182 e 183) e, onze anos após, com a promulgação da Lei Nº 257, de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da Cidade.

Demais, com a assunção de Luis Inácio Lula da Silva à Presidência da República, foi criado o Ministério das Cidades precisamente destinado a implementar os propósitos essenciais da reforma urbana. O Plano Nacional de Desenvolvimento Urbano voltado para a habitação de interesse social, saneamento e regularização fundiária é a expressão disso.

Há, pois, ferramentas que permitem a concretização da reforma mediante a ação conjunta dos União Federal, dos Estados e dos Municípios. Desde que haja pressão da sociedade e sensibilidade e vontade política de quem governa e das Casas Legislativas, às quais cabe a adequação de instrumentos legais aos parâmetros do Estatuto da Cidade. E que essa bandeira seja alevantada na campanha eleitoral que se avizinha.
Foto: Ilustração no Blog de Jamildo

A bandeira da reforma urbana

No Blog de Jamildo:
Reforma urbana na ordem do dia
Luciano Siqueira

O leitor pode até dizer que é o mesmo que malhar em ferro frio, os demais concorrentes não se interessam pelo tema. Porém mais do que uma intenção é um dever: colocar a reforma urbana na pauta das eleições municipais vindouras.

Mais fácil aos candidatos (e a seus marqueteiros) tratar de questões imediatas, pontuais, localizadas e que de algum modo possam ter ressonância no senso comum. No entanto, a um olhar mais profundo e consciencioso, os tais problemas imediatos são em geral a expressão de distorções estruturais que afligem as grandes e médias cidades brasileiras. Daí, nada mais oportuno do que cuidar das duas coisas: daquilo que emerge de maneira epidérmica e facilmente perceptível na vida cotidiana da cidade; e das demandas de natureza estrutural.

É aí que vem à tona a necessidade de uma reforma urbana como tema obrigatório na agenda das cidades.

Aliás – como assinalo em artigo na Revista Princípios, número 94, fevereiro-março 2008 – de certo modo a reforma urbana está em curso e é produto de uma luta de mais de quatro décadas, iniciada nos anos sessenta, como parte do movimento pelas chamadas reformas de base, sob o governo João Goulart. O Seminário Nacional de Habitação e Reforma Urbana, ocorrido em 1963, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, defende um Projeto de Lei nesse sentido e se torna, assim, o primeiro marco histórico dessa luta, que arrefece sob o regime militar e ressurge nos anos setenta através das lutas de associações de bairros por moradia, regularização dos loteamentos clandestinos, pelo acesso aos serviços de educação e saúde, e pela implantação de infra-estrutura nas áreas de ocupação; e nos anos oitenta, no bojo do processo constituinte, ganha força com a criação do Movimento Nacional pela Reforma Urbana. Alcança expressivas vitórias com a aprovação, em 1979, da Lei 6766, que regula o parcelamento do solo e criminaliza o loteador irregular; com a introdução do capítulo temático específico na Constituição de 1988 (artigos 182 e 183) e, onze anos após, com a promulgação da Lei Nº 257, de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da Cidade.

Demais, com a assunção de Luis Inácio Lula da Silva à Presidência da República, foi criado o Ministério das Cidades precisamente destinado a implementar os propósitos essenciais da reforma urbana. O Plano Nacional de Desenvolvimento Urbano voltado para a habitação de interesse social, saneamento e regularização fundiária é a expressão disso.

Há, pois, ferramentas que permitem a concretização da reforma mediante a ação conjunta dos União Federal, dos Estados e dos Municípios. Desde que haja pressão da sociedade e sensibilidade e vontade política de quem governa e das Casas Legislativas, às quais cabe a adequação de instrumentos legais aos parâmetros do Estatuto da Cidade. E que essa bandeira seja alevantada na campanha eleitoral que se avizinha.

18 março 2008

Sobre a plenária do dia 14

Blog da Folha:
Luciano vai reafirmar nome
O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), marcou para o dia 14 de abril, no Centro de Convenções, o ato comunista em que pretende mostrar que a sua candidatura não está para brincadeira.

Na data, Luciano vai comemorar o encerramento do primeiro ciclo de reuniões com a sua base e vai apresentar um esboço do que deve ser o seu programa de governo.

Luciano garante que o evento não marcará oficialmente o lançamento da sua campanha “mas se fará um balanço dos preparativos para o pleito e se reafirmará a decisão do PCdoB de concentrar todos os seus esforços no sentido de consolidar a nossa pré-candidatura a prefeito do Recife”.

Plenária: 14 de abril é a data

A grande plenária anteriormente marcada para o dia 25, no Centro de Convenções, foi adiada para o dia 14 de abril. Para que se conclua o primeiro ciclo de reuniões de base que está em curso; e para que possamos apresentar um texto preliminar sobre a plataforma de campanha e sobre a metodologia que pretendemos seguir para debater as nossas propostas para a cidade.

O trabalho é intenso. Além de reuniões de bases do PCdoB e de encontros de amigos, seguem em frente as articulações em busca de alianças partidárias e o esboço de formatação da campanha na TV e no rádio. A plenária de 14 de abril, da qual devem participar militantes e amigos, NÃO tem caráter de lançamento da candidatura – até porque a legislação eleitoral não permite. Mas se fará um balanço dos preparativos para o pleito e se reafirmará a decisão do PCdoB de concentrar todos os seus esforços no sentido de consolidar a nossa pré-candidatura a prefeito do Recife.

Disciplina tucana

Se fosse o PT, a mídia cairia de pau acusando os petistas de autoritarismo. Mas como se trata dos tucanos, silêncio total. Dois pesos, duas medidas.

A Executiva Estadual do PSDB decidiu ontem advertir os tucanos para o risco de punição daqueles que declararem apoio a candidatos de outros partidos. Que assim proceder será submetido à Comissão de Ética do partido.

Isso acontece após declarações de tucanos em favor da candidatura de Gilberto Kassab (DEM) à reeleição. Hoje no primeiro escalão da prefeitura, Walter Feldman (Esportes), Alexandre Schneider (Educação) e Antônio Carlos Malufe (assessoria especial do prefeito) expuseram simpatia pela candidatura de Kassab.
*
Claro que a medida tem sentido. É preciso zelar pela unidade e coesão dos partidos. E chama a atenção para a necessidade da reforma política de cunho democrático, que valorizaria os partidos e criaria ambiente favorável à fidelidade partidária. Sem medidas punitivas.

A arte de construir consensos

No Vermelho:
Renildo Calheiros vê dificuldades para mudar regras de MPs
. O líder do Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN e PRB, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), acredita que, para mudar as regras de tramitação das medidas provisórias, o Congresso Nacional terá muito trabalho. Em entrevista ao programa Palavra Aberta, da TV Câmara, ele afirmou que, além da dificuldade para compatibilizar ou escolher entre as inúmeras propostas em tramitação, é preciso construir um acordo.
. "Nestes anos de Parlamento aprendi que a opinião pessoal é importante no início, mas o que prevalece no final é a convergência de opiniões", disse.
. Calheiros acredita que o impasse sobre as MPs tem origem justamente na dificuldade em formar uma maioria no Congresso. O problema, segundo ele, é o sistema eleitoral, que tem partidos fracos sem força programática e privilegia o indivíduo, e não os programas por eles defendidos. "Assim, é muito difícil formar maiorias e, portanto, as votações de matérias polêmicas e complexas demoram muito", afirmou.
. Veja a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34325

Transferência de renda

O governo está certo. Não se trata de assistencialismo, à moda de FHC. Trata-se de transferência de renda – e de estímulo ao ingresso na escola. A partir de hoje, o Programa Bolsa Família estenderá seus benefícios aos adolescentes com idade de 16 e 17 anos começam a receber o Variável Jovem – R$ 30 por adolescente.

Na prática, significa a ampliação do programa, que antes do Variável Jovem dispunha apenas de dois tipos de benefício: o benefício básico de R$ 58, pago a famílias consideradas extremamente pobres e com renda mensal per capita de até R$ 60 e o benefício variável de R$ 18, limitado a três crianças ou adolescentes de até 15 anos, membros de famílias com renda mensal per capita de até R$ 120. Quando o adolescente completava 16 anos, a família deixava de receber o benefício variável.

Quem confia em quem?

O texto da matéria no Valor Econômico de hoje chega a ser patético. “Os banqueiros do mundo acordaram ontem com uma nova preocupação: dá para confiar no banco do outro lado da rua? As tensões aumentaram ao redor do mundo à medida que bancos e corretoras ficavam cada vez mais reticentes a fazer negócios uns com os outros, depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) foi forçado a arquitetar uma venda emergencial do Bear Stearns ao J.P. Morgan Chase por US$ 236 milhões. Apesar dos extraordinários esforços do Fed, anunciados domingo à noite, de manter o fluxo de dinheiro no mercado ao emprestar diretamente aos dealers de valores mobiliários, muitos banqueiros passaram o dia destrinchando rumores sobre quais de suas contrapartes podem não ter o dinheiro - ou liquidez - para cumprir as obrigações.”
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É a crise dos créditos podres norte-americanos. Que, desta vez, tem epicentro nos próprios EUA, a principal potência capitalista do mundo.

17 março 2008

Frente ampla em Camaragibe


Em Camaragibe, 11 partidos na base de apoio do prefeito João Lemos (foto), candidato à reeleição pelo PCdoB. Os pré-candidatos adversários são Jairo Pereira (PMDB), Demóstenes Meira (PSC) e André Guerra (PV).

João Lemos avalia que é muito provável que os 11 partidos que participam do governo municipal permaneçam unidos em torno da sua candidatura – incluindo o PSB, o PTB, o PT e o PR, dentre outros.

Em tempo hábil

A Comissão Política do PCdoB (Executiva Estadual) realiza reunião neste instante, em sua sede, na Avenida Suassuna e tem como um dos temas o pleito de outubro.

O balanço parcial da construção de nossa pré-candidatura a prefeito do Recife é considerado excelente, tendo em conta o cumprimento, em tempo hábil, das metas constantes do planejamento pré-estabelecido.

A mobilização das bases do Partido na cidade, tida como elemento decisivo nessa fase preparatória, tem produzido reuniões amplas e participativas, gerando um clima de muito entusiasmo entre militantes e pré-candidatos a vereador.

Comprometimento com as idéias

De Ana Cláudia acerca da nota O Fator Inocêncio e o apoio do PR (leia postagem abaixo): Sei que essas coisas da política são mais complicadas do que a gente pensa, por isso deixo claro que meu apoio à sua candidatura é pelo que você representa em Pernambuco e pela imensa ajuda que tem dado ao prefeito João Paulo, e também pela seriedade do PCdoB. Quanto aos apoios de partidos e de personagens com quem eu não me sinto identificada, não sei opinar com certeza e por isso digo que admito desde que se comprometam com a sua proposta.

Boa tarde, Mário Quintana

Portinari
Tão linda e serena e bela


Tão lenta e serena e bela e majestosa
vai passando a vaca
Que, se fora na manhã dos tempos, de rosas a coroaria
A vaca natural e simples como a primeira canção
A vaca, se cantasse,
Que cantaria?
Nada de óperas, que ela não é dessas, não!
Cantaria o gosto dos arroios bebidos de madrugada,
Tão diferente do gosto de pedra do meio-dia!
Cantaria o cheiro dos trevos machucados.
Ou, quando muito,
A longa, misteriosa vibração dos alambrados...
Mas nada de superaviões, tratores, êmbolos
E outros truques mecânicos!

Olhando pra frente

De Herculano Sampaio acerca da nota O fator Inocêncio e o apoio do PR (leia postagem abaixo postagem anterior): Hoje não sou propriamente um acomodado, mas não participo diretamente de política porque sobrevivo do meu trabalho que é muito exigente e não me sobra tempo para mais coisa alguma. Entretanto, com no cidadão, continuo ligado nas coisas que saem no noticiário e olho de vez em quando seu blog, daí ter lido ontem seus argumentos para justificar a busca do apoio do PR e do deputado Inocêncio Oliveira. Quero dizer que você está certo, pois ninguém pode lutar olhando para o retrovisor, como se diz lá em Caruaru, e sim olhando para frente e com um desejo positivo. Meu desejo é que sua candidatura consiga os apoios necessários em cima de uma proposta boa para a cidade do Recife, que dê continuidade ao ótimo trabalho desses dois governos de João Paulo e seu e faça mais coisas boas ainda.

História: 17 de março de 1973

Morto após 24 horas de torturas nas dependências do DOI-Codi/São Paulo o estudante Alexandre Vanuchi Leme, 22 anos, estudante de Geologia da USP. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).

Compreensão e dúvida

De Maria Brígida sobre a nota O fator Inocêncio e o apoio do PR (leia abaixo): compreendo a sua postura e a atitude do PCdoB, pois quando se tem uma causa justa a defender, todos os apoios são válidos, porém não tenho certeza se o deputado Inocêncio Oliveira dará esse apoio. O mais importante, em minha opinião, é que sua candidatura vá em frente.

16 março 2008

O fator Inocêncio e o apoio do PR

Geraldo Simões, leitor cearense do nosso blog, pergunta (com verve e interesse): “Vira e mexe ouço dizer (por amigos daí) e leio no noticiário pernambucano que acesso via net, que o PCdoB deseja o apoio do PR à sua candidatura a prefeito do Recife quase como uma tábua de salvação. O PR não é o partido do deputado Inocêncio Oliveira, que, salvo engano, sempre militou na faixa mais conservadora da política brasileira? Que arranjo seria esse, afinal?”
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Meu caro Geraldo: permita-me, em poucas palavras, esclarecer.

Primeiro, é verdade que o PCdoB se esforça para ter o apoio do PR à minha candidatura; e que esse apoio, se vier, será muito importante, embora não se possa dizer que será “a tábua de salvação”, como você sugere. O PR em Pernambuco está sob a liderança do deputado Inocêncio Oliveira e tem em seus quadros, entre outros políticos experientes e respeitados, o deputado licenciado e secretário de Estado Sebastião Oliveira, o ex-deputado José Marcos, o atual deputado estadual Alberto Feitosa, competente e atuante em seu primeiro mandato. Seria, portanto, o PR, um aliado qualificado.

Segundo, se é verdade que o deputado Inocêncio Oliveira militou a maior parte de sua trajetória nas hostes conservadoras, é igualmente verdade que ele tem sido uma das mais destacadas lideranças da base de apoio ao governo Lula e cumpriu papel decisivo na luta para eleger o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB. Ou seja: tem sido, nos últimos anos, um forte e leal aliado dos partidos de esquerda.

Terceiro, o deputado Inocêncio Oliveira sempre foi e é, ao longo de sete mandatos de deputado federal consecutivos, um municipalista dedicado e decidido, sempre empenhado na luta por recursos do Orçamento Geral da União para implementar ações locais através de prefeituras em geral carentes desse tipo de apoio. E como municipalista, acumula larga experiência que lhe credencia para contribuir com suas idéias na plataforma de nossa candidatura, em elaboração, e para o fortalecimento do futuro governo municipal do Recife.

Quarto, a dimensão política do deputado Inocêncio Oliveira em Pernambuco o situa entre os quadros chamados, no jargão político-partidário, majoritários – isto é, está entre os líderes que têm agora e futuramente um papel importante na manutenção do equilíbrio do conjunto das forças progressistas que vêm, em nosso estado, acumulando vitórias desde 2000 (quando vencemos os pleitos para as Prefeituras de Olinda e Recife) e que atingiram o ápice com a eleição do governador Eduardo Campos, em 2006. Ele próprio, Inocêncio, naturalmente figura entre os nomes que poderão compor a chapa majoritária em 2010 (embora esse assunto não caiba na pauta atual dos partidos que aqui estão unidos no apoio aos governos Lula e Eduardo Campos e no Recife, no apoio). Que candidato não gostaria de ter em seu palanque um político dessa expressão?

Quinto, as relações entre o deputado Inocêncio Oliveira e o PCdoB, na Câmara dos Deputados, sempre foi muito boa, pautadas pela convergência de propósitos no fortalecimento do Poder Legislativo; e com este que escreve neste instante, o vice-prefeito do Recife. Há, portanto, ambiente favorável a uma aliança entre o PCdoB e o PR no Recife e em outros municípios pernambucanos no pleito de outubro. Daí o nosso empenho em construir uma composição com o PR que, inegavelmente, fortaleceria em muito nossa candidatura a prefeito do Recife.

Tarifas bancarias x salário mínimo

Da Agência Brasil:
Gasto com tarifas bancárias pode chegar a quase 9% do salário mínimo
. Quase 9% do salário-mínimo do consumidor brasileiro pode estar sendo gasto com o pagamento de tarifas bancárias. O alerta é da diretora de Estudos e Pesquisas do Procon de São Paulo, Valéria Rodrigues Garcia. Em entrevista à Agência Brasil, ela disse que a cobrança das tarifas bancárias, em comparação ao salário mínimo é “bastante significativa”. “Gastar quase 9% do salário mínimo em tarifas bancárias é um valor bastante elevado”, afirmou. O cálculo foi feito com base no salário mínimo anterior, de R$ 380, e não o atual, de R$ 415.
. A pesquisa é feita anualmente pelo Procon. Segundo o estudo divulgado esta semana, o pagamento das taxas bancárias pode representar, mensalmente, 8,49% do salário mínimo do trabalhador brasileiro. O Procon comparou o valor cobrado por dez bancos em relação aos itens mais procurados pelos consumidores, como renovação do cadastro da conta corrente, extrato semanal, saques no terminal eletrônico e remessa de talão de cheque, entre outros serviços. A pesquisa foi dividida entre o pacote de serviços oferecido pelos bancos e o pagamento avulso de tarifas.

15 março 2008

Crise norte-americana

No Vermelho:
Socorro do Fed a grande banco derruba bolsa nos EUA
. O Bear Stearns, quinto maior banco de investimento americano, anunciou nesta sexta-feira que teve de pedir ajuda ao Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), pois sua liquidez "se deteriorou de forma significativa". O empréstimo de emergência com 28 dias de prazo, de valor não revelado, aumenta os rumores de que o Bear Stearns será vendido, provavelmente ao JP Morgan Chase.
. A notícia fez a o índice Dow Jones recuar 1,6% em Nova York nesta sexta-feira. As ações do banco socorrido despencaram em 47,4%. O Fed não concedia um empréstimo de emergência como este desde a Grande Depressão dos anos 1930 (o banco data de 1913).
. Veja a matériana íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34210