13 março 2008

Leia, reflita, opine

Sobre a necessidade de nossa candidatura a prefeito do Recife
. Desde que foi apresentada como hipótese, em julho do ano passado, nossa pré-candidatura a prefeito do Recife tem recebido de amplas parcelas da sociedade – os chamados formadores de opinião em particular – a melhor acolhida. Reconhecida como legítima e necessária ao conjunto de nossas forças. Jamais confundida com projeto meramente pessoal ou de um único partido. Por isso agrega diariamente mais solidariedade e apoio, de pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade, filiadas ou não a partidos, que dizem enxergar na proposta, consistência; e no candidato, experiência, equilíbrio, serenidade, capacidade de luta e competência para governar a cidade.
. Por outro lado, é alvo também de pressões abertas ou veladas na esfera partidária, não por preconceito nem por divergência programática, e sim em decorrência de uma análise equivocada que alguns fazem da real correlação de forças que se desenha para a disputa. Imaginar que juntando todos agora alcançaremos facilmente a vitória já no primeiro turno é, no mínimo, uma leitura apressada da real dimensão da batalha.
. De nossa parte, continuamos firmes, sustentando argumentos que nos parecem justos; construindo com paciência e determinação as alianças formais necessárias; cumprindo com esmero o cronograma de trabalho, que se estende até junho, quando ocorrerão as convenções partidárias.
. Uma vez instalada a disputa propriamente dita, a partir de julho (início da campanha), certamente começaremos em desvantagem em relação aos demais candidatos. Mas concorreremos para valer. Nossa candidatura não terá padrinhos, terá idéias; será materialmente modesta, porém rica em criatividade, disposição de luta e emoção. Aguerrida e leve; movida a debate, proposta e poesia.
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O texto abaixo, publicado no Jornal do Commercio de hoje, dá o que pensar. Leia, reflita e opine.
Vice não tem como voltar atrás
Publicado no Jornal do Commercio em 13.03.2008
Coluna Pinga-Fogo, Inaldo Sampaio


O prefeito do Recife, João Paulo, ainda tem esperança de contar com o vice, Luciano Siqueira, no palanque do candidato à sua sucessão, João da Costa, nas eleições de outubro próximo.
Não passa pela sua cabeça que o vice vá deixar o palanque da Frente Popular, onde estarão ele, João Paulo, o governador Eduardo Campos, o vice João Lyra Neto e os deputados federais Armando Monteiro Neto, Inocêncio Oliveira e Sílvio Costa para meter-se numa aventura com o solitário apoio do PCdoB.


Como o tempo é o senhor da razão, ainda tem esperança de que o vice reconsidere sua posição e até o próximo mês de junho - prazo final para a realização das convenções- se engaje no projeto político que, segundo garante, tem 83% de aprovação.

Luciano Siqueira, por sua vez, reafirmou ontem a esta coluna que sua candidatura é “irreversível” e, ao contrário do que muita gente pensa, não ficará isolada no processo. “Aprendi com o doutor Miguel Arraes a construir as coisas com determinação, mas em silêncio. E posso dizer hoje, de consciência tranqüila, que não há mais como a gente voltar atrás. Serei uma alternativa a mais no campo das esquerdas, e não um dissidente”.

De fato, lançar candidatos a prefeito no maior número de capitais é uma decisão política da cúpula nacional do PCdoB. É nesse contexto que está inserida a candidatura do vice do Recife. O partido tem tradição de luta pela unidade das esquerdas, particularmente aqui em Pernambuco. Mas, desta vez, resolveu testar o seu melhor quadro para ver no que vai dar.

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