03 maio 2008

Homenagem a Ascenso

Do site da PCR:
Prefeitura entrega novo túmulo de Ascenso
. A Prefeitura do Recife prestará, nesta segunda-feira (05), uma homenagem ao poeta pernambucano Ascenso Ferreira, um importante nome do Modernismo no Brasil. O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, entregará, às 10h, a Lurdes Ascenso, viúva do escritor, o novo túmulo do poeta, no Cemitério de Santo Amaro, localizado na rua Marquês de Pombal, no centro da cidade. Na ocasião, alguns poemas do autor pernambucano serão recitados e o toque de silêncio será executado pelos clarins da Polícia Militar.
. Todo em granito, o túmulo ocupa um terreno de 3m2, doado pelo Governo Municipal. Na lápide, foi reproduzido o poema “Noturno”, em que Ascenso Ferreira alude a ícones da capital pernambucana, como as ruas do Bairro do Recife e o rio Capibaribe. Os versos dele ainda trazem a pergunta que vem à mente de todos seus admiradores ao olhar sua atual moradia: Que diabo tu vieste fazer aqui Ascenso?. Os restos mortais do escritor, que agora estão no novo túmulo, encontravam-se em um mausoléu alugado, desde o seu falecimento.
. “Esta é uma oportunidade para resgatar e reconhecer a importância deste grande poeta. Além disso, oferecemos um lugar de destaque para sua obra”, afirma Luciano Siqueira. “Estamos cumprindo uma promessa do prefeito João Paulo, que garantiu a viúva construir um túmulo próprio para o poeta Ascenso Ferreira”, lembra o presidente da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Carlos Muniz. A promessa feita pelo chefe do executivo municipal foi firmada durante a inauguração da estátua do escritor, no circuito da Poesia, no ano passado. “A iniciativa também representa uma homenagem a um homem que deixou um grande legado para a literatura nacional e para os recifenses”, destaca.
. A cerimônia ainda marcará os 43 anos da morte do poeta, que aconteceu em 05 de maio de 1965. Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira nasceu, no ano de 1895, na cidade de Palmares. Em 1920, mudou-se para o Recife, onde foi colaborador de alguns jornais locais e deu início a sua carreira literária. Ele se voltou para temas regionais que foram reunidos em livros, como "Catimbó" (1927), "Cana caiana" (1939), "Poemas 1922-1951" (1951), "Poemas 1922-1953" (1953), "Catimbó e outros poemas" (1963), "Poemas" (1981) e "Eu voltarei ao sol da primavera" (1985). Outros livros ainda foram publicados postumamente.

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