30 junho 2008

Lula prossegue com apoio popular

No Vermelho:
Ibope de Lula resiste a abalos na economia
. Pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta segunda-feira (30) indica que as avaliações do governo federal e da figura do presidente Luis Inácio Lula da Silva se mantiveram estáveis em relação a março, com 58% e 68%, respectivamente. A popularidade do governo – a mais elevada desde a posse de Lula – se manteve apesar dos temores de que a inflação vai aumentar e o desemprego também.
. A avaliação do governo se manteve positiva em todos os segmentos examinados pela pesquisa (homens e mulheres, faixas de idade, escolaridade, renda e tamanho do município). A maior variação negativa, de 18 pontos, foi na faixa de renda acima de 10 salários mínimos, porém mesmo nessa camada de renda mais alta Lula manteve um saldo positivo de 13 pontos.
Popularidade sobe no Sul e Sudeste
. A maior variação positiva do governo, segundo o Ibope, aconteceu na base da pirâmide social, a faixa que ganha até um salário mínimo. O saldo positivo do governo nesta camada, que já era de 53 pontos, subiu seis pontos, para 59 pontos (69% de "Bom" e "Ótimo").
. Na segmentação por regiões, o governo aumentou seu saldo de popularidade no Sudeste (onde a vantagem entre as respostas "Bom" e "Ótimo" sobre as "Ruim" e "Péssimo" subiu de 37 para 38 pontos) e no Sul (de 33 para 37 pontos). O saldo recuou de 57 para 44 pontos nas regiões Norte e Centro-Oeste, sempre em relação ao CNI-Ibope de março. O saldo positivo no Nordeste não se modificou: 65%, o número mais elevado.
. No resultado geral da avaliação do governo, houve uma oscilação de um ponto percentual nos que o consideram "Ruim" ou "Péssimo", de 11% para 12%. As respostas "Bom" e "Ótimo" repetiram o mesmo número de março: 58%.Já a confiança na pessoa do presidente teve oscilação inversa: o índice dos que confiam em Lula se manteve em 69%, enquanto os que não confiam tiveram oscilação de um ponto para baixo, de 4% para 3% em relação a março.
Inflação e desemprego preocupam mais - No entanto, os brasileiros ouvidos pelo Ibope mostraram uma preocupação crescente com os rumos da economia (veja o gráfico). O número dos que acreditam em aumento da inflação nos próximos seis meses subiu de 51% para 65%, enquanto as previsões de baixa da inflação recuou de 27% para 18%.
. As previsões de aumento do desemprego subiram de 42% para 52%, enquanto as de queda oscilaram de 22% para 21%. Uma maioria de 36% contra 16% acredita em melhora da sua renda pessoal, porém o saldo se reduziu em 16 pontos face a março, quando os números eram 51% e 15% respectivamente.
. Houve uma inversão na avaliação da política do governo no combate à inflação. Em março, uma maioria de 51% contra 43% a aprovava. Em junho, a desaprovação venceu por 53% a 41%.
O julgamento sobre a política de juros, que já era crítico, acentuou-se entre as duas sondagens. Em março a desaprovação vencia por 53% a 39%; em junho, os números evoluíram para 61% e 31%. Melhorou apenas a avaliação dos programas sociais nas áreas de saúde e educação: o escore da aprovação era de 60% a 37% em março e se tornou ainda mais positivo, de 62% a 34%.

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