11 julho 2008

Bom dia, Juareiz Correya

Limites urbanos

A insegurança bate à tua porta
Como uma venda lotérica
Um anúncio de jornal
Ou um pedido de pão

A rua te assalta
Com postes acesos
À luz do dia
E as casas não te encontram
Portas não te abraçam
Janelas não te vêem.

Ônibus e carros buzinam
Estragos desenfreados
Sobre os nervos do teu medo.

Estás só como ninguém
Crucificado na paisagem
Desaparecido na vertigem
Do passeio da tua casa à cidade
Sozinho como uma multidão cega
Perdido no teu próprio seqüestro
Sem resgates ou exigências
Como um número que não conta
Um nome que não existe.

Um comentário:

Carlos Maia disse...

Grande Poema!!!

Bravo, Juareiz!!!

Abraços,

Carlos Maia.