24 outubro 2009

O Brasil diante do seu destino

No Vermelho, por Eduardo Bomfim
As três condições estratégicas

O Brasil poderá alcançar a condição de terceira ou quarta economia mundial na próxima década, desde que mantenha o ritmo de crescimento anual na média de 5% ao ano. Para tanto é imprescindível que fortaleça cada vez mais o imenso mercado interno, elemento decisivo para a superação do País em relação à atual crise econômica mundial.

Esse fortalecimento do mercado interno pressupõe a criação de empregos e a ampliação do crédito às amplas camadas da população de baixa renda, fazendo-a ingressar em peso na faixa de consumo de produtos.

O reforço cada vez maior do Estado brasileiro como elemento indutor de políticas públicas estratégicas também acompanha esse sentido ambicioso de modernização da economia em geral.

O que implica em intenso e pesado investimento em estradas, portos ou outras vias de escoamento de produtos primários ou manufaturados, seja para o mercado interno ou para as nossas exportações.

A eficiência do Estado deve estender-se igualmente aos pressupostos básicos para alavancar a capacidade produtiva do trabalhador brasileiro.

O que significa apostar em todos os esforços que forem necessários para criar redes de qualidade em educação e saúde para o povo brasileiro. E isso quer dizer escolas e postos de saúde eficientes, com profissionais dignamente remunerados, além de um serviço de esgotamento sanitário que livre de males que já poderiam estar erradicados há muito tempo atrás. A nação já vem acumulando, e acumulará mais ainda nos próximos anos, um PIB, produto interno bruto, perfeitamente compatível para que essas iniciativas sejam bem mais que um sonho de projeto para uma nação do futuro. É uma empreitada para o aqui e o agora.

No entanto, apesar de que essas sejam exigências fundamentais ao grande salto para uma nação próspera e com justiça social básica para os seus filhos, é decisivo que exista uma agenda determinante ao desenvolvimento. Baseada nos projetos energético, alimentar e o da defesa nacional. O mundo caminha para uma nova revolução energética e nós possuímos tanto as fontes fósseis como as matérias primas energéticas renováveis em quantidades inigualáveis em todo o planeta.

Já somos e continuaremos a ser o maior celeiro de alimentos da terra, resta-nos, portanto, o imprescindível fortalecimento da defesa nacional, quesito indispensável para que possamos crescer em paz e soberanamente.

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