10 janeiro 2010

O peso das audiências públicas

Na Folha de Pernambuco:
Siqueira: o Legislativo é frustrante
Limitação é por não poder criar despesas para o Executivo
. O ve­rea­dor Luciano Siquei­ra (PCdoB) tal­vez seja o caso mais cu­rio­so entre os par­la­men­ta­res do Recife que ini­cia­ram o pri­mei­ro man­da­to, no ano pas­sa­do. O co­mu­nis­ta já foi de­pu­ta­do es­ta­dual e, até de­zem­bro de 2008, exer­cia o cargo de vice-pre­fei­to do mu­ni­cí­pio. Experiên­cia que aca­bou “di­fi­cul­tan­do” a sua adap­ta­ção no Legislativo. Conforme Siquei­ra, ele se acos­tu­mou a rea­li­zar ações na PCR e, como le­gis­la­dor, pas­sou a de­ba­ter mais, po­rém, sem o mesmo poder de “co­lo­car em prá­ti­ca”.
. “Eu era um vice-pre­fei­to ativo, que par­ti­ci­pa­va, que rea­li­za­va fun­ções de­ter­mi­na­das pelo ex-pre­fei­to João Paulo (PT). Como ve­rea­dor, exis­tem li­mi­ta­ções que, às vezes, frus­tram”, re­ve­lou o co­mu­nis­ta, ci­tan­do a im­pos­si­bi­li­da­de de criar des­pe­sa ao Executivo como uma li­mi­ta­ção do Legislativo.
. “Não po­de­mos le­gis­lar sobre ma­té­rias fis­cais ou criar des­pe­sa para a Prefei­tura exe­cu­tar. É um fator que li­mi­ta o tra­ba­lho do ve­rea­dor. Deba­temos, con­vo­ca­mos a so­cie­da­de, mas não po­de­mos exe­cu­tar”, fri­sou Luciano Si­queira. Entretanto, o par­la­men­tar é só elo­gios à forma como a Câmara abri­ga as ques­tões le­va­das pela so­cie­da­de e à atua­ção de seus co­le­gas no­va­tos nas dis­cus­sões rea­li­za­das em 2009. “Os no­va­tos ti­ve­ram um de­sem­pe­nho muito bom, com muito en­vol­vi­men­to. Nas co­mis­sões, nos de­ba­tes”, afir­mou.
AU­DÊN­CIAS - A rea­li­za­ção de au­diên­cias pú­bli­cas con­vo­ca­das pelos ve­rea­do­res foi apon­ta­da como uma das prin­ci­pais ati­vi­da­des en­ca­be­ça­das pelos no­va­tos no ano pas­sa­do. Siqueira, in­clu­si­ve, clas­si­fi­cou a ati­vi­da­de como o me­ca­nis­mo que me­lhor re­pre­sen­ta o peso da atua­ção par­la­men­tar. Para ele, é com a re­a­li­za­ção­ de au­diên­cias pú­bli­cas que a po­pu­la­ção en­con­tra uma forma mais di­re­ta de par­ti­ci­par das de de­ci­sões do Legislativo.
. “Talvez seja a ati­vi­da­de que mais con­se­gue apro­xi­mar a po­pu­la­ção das de­ci­sões da ci­da­de. Antes, como vice-pre­fei­to, eu acha­va que a so­cie­da­de se fazia pre­sen­te na Câmara Municipal ape­nas com as so­le­ni­da­des. Mas apren­di que, nas au­diên­cias, ela (so­cie­da­de) não só está pre­sen­te, como tam­bém par­ti­ci­pa. É alto o nú­me­ro de pes­soas que se ins­cre­vem para par­ti­ci­par do de­ba­te”, disse Siqueira.

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