22 março 2010

Sobre o livro “Um rio de gente”(2)

No Interpoética:
A nascente toda a vida foi alí
por Inácio França
. É fácil encontrar Inácio José Bezerra na zona rural de Poção. Basta ir ao Sítio Lagoa do Angu e perguntar por ele a qualquer agricultor a caminho da roça ou a alguma dona-de-casa absorta no trabalho de varrer o alpendre. Além de o cidadão ser aprendiz de sanfoneiro e o contador de histórias mais falante do lugar, a comunidade está acostumada com forasteiros, principalmente pesquisadores, políticos da capital, equipes de TV, ambientalistas, repórteres ou estudantes universitários. Vez ou outra, até helicópteros fazem vôos rasantes por lá.
. O motivo de tanta movimentação é um olho-d’água fria e limpa, que brota no meio da propriedade de seu José Genu e dona Maria do Carmo, junto a uma mata, ou melhor, a um resto de mata fechada e ameaçada pelos pastos que avançam por todos os lados. O filete de água que mina na “cacimba” corre lento, passa por trás da casa do casal, cruza a estrada de terra e o povo vai chamando de Catibiribe, Catibaribe ou Capiberibe, tanto faz. Os mais jovens chamam de Capibaribe, do jeito que aprenderam na escola.
. Ali nas terras altas de Poção, onde a divisa dos estados de Pernambuco e Paraíba está a quase 1.200 metros acima do nível do mar, o mato é sempre verde, principalmente às margens do rio, mesmo que ele não passe de um riacho com dois palmos de largura. Nem no verão o calor é insuportável. Mas não foram o clima agradável e a abundância de água que prenderam Inácio ao lugar onde nasceu e foi criado.
. Leia o texto na íntegra http://migre.me/quYV

Um comentário:

Inácio França disse...

Siqueira,

obrigado pela força e pelo carinho.

Inácio