30 abril 2010

Boa tarde, Clarence Santos


Poesia do (no) cotidiano

Há poesia?

Me pergunto o dia inteiro,
Em minha mente,
Minha alma,
Meu coração
Há poesia nessa luta?
Tento ver nas linhas da vida, da luta e não consigo ver
Não consigo ler,
Minha mente adormecida pelo dia, pelo cotidiano
Meus olhos fechados, e a pergunta continua...

Há poesia?
É quando sou sacudido pelos amigos poetas que moram em mim
Nietzsche, T.S. Eliot, Pagu, os Andrades, Mario, Osvaldo
Drummond, o Profeta Vinicius...
Acordo, abro os olhos...
A poesia dança em minha frente,
Com seu vestido colorido
Beleza, a poesia guardada nos quadros do dia a dia
No salto esperançoso do Honestino
Na fumaça que quase encobre o sorriso guardado entre a barba de Che
No sorriso dos que lutam e lutam sem perder esperança
Na estrela que brilha nos olhos de um velho que sonha
Na foice que corta o ar, abrindo os caminhos de quem pode voar
No martelo que bate no ritmo do coração, da musica alegre
Na união da juventude que canta, dança e se alegra
E então respondo ao meu coração...

Sim, sim

Há música
Há beleza
Há dança
Há poesia

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