29 maio 2010

O cérebro do meu professor de acordeão

Ciência Hoje Online:
Os neurocientistas têm se interessado pelo ouvido absoluto – a capacidade que alguns possuem de identificar tons isolados sem relacioná-los com o resto da melodia. Roberto Lent discute estudos recentes e explica o que o cérebro desses indivíduos tem de diferente.
. Meu professor de acordeão chamava-se Karl Schulz. Era um alemão muito magro, morador de Vila Isabel, que me punha a tocar polcas mazurcas em plena ascensão de Elvis Presley e das guitarras elétricas. Não podia dar certo: eu odiava as aulas de acordeão das manhãs de quinta-feira.

. Mas o professor Schulz tinha uma característica que me impressionava. Começava a aula de olhos fechados, pedindo-me que tocasse brevemente uma única nota do teclado do meu Scandalli. Ouvindo-a, declarava orgulhoso: “lá sustenido”. Resposta correta. Na semana seguinte, o mesmo ritual: “mi bemol”. Correto mais uma vez.
. Eu ficava pasmo, porque precisava de várias notas tocadas em sucessão melódica para identificar o lá sustenido, o mi bemol e qualquer outra (capacidade que, ainda por cima, desaprendi desde então...).
, Leia o texto na íntegra http://migre.me/K2n4

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