12 setembro 2011

Crise global & soberania

No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
A independência nacional


As notícias sobre os desdobramentos da atual crise sistêmica capitalista internacional, iniciada em 2007 nos Estados Unidos, não deixam dúvidas, longe de arrefecer, a tendência será de uma grande tempestade que se aproxima.

E a principal porta voz dessas péssimas informações não é outra senão a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional, a francesa Christine Lagarde, ao declarar que a crise da economia global enfrenta “uma espiral ameaçadora”.

Essa débâcle financeira mundial que vai afetando o planeta possui a sua face mais dramática principalmente entre as nações do primeiro mundo, em especial os EUA e o bloco dos Países da União Européia.

Fazendo coro com a diretora gerente do FMI, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse dias atrás que a economia mundial estava entrando em uma nova zona de perigo porque a economia se desacelerou e os Países estavam afundados em dívidas.

Tem sido assim várias as advertências das personalidades que compõem o alto escalão responsável pelos organismos internacionais mundiais e dirigentes das finanças dos governos dos Estados Unidos e da Europa.

Mas como enfatiza um artigo da Resenha Estratégica, até agora esses altos executivos não disseram como recolocar nos trilhos a economia global, baseada no comércio de títulos de dívida pública e na desregulamentação generalizada dos fluxos financeiros, que transformaram esse sistema em um verdadeiro cassino especulativo global.

Por isso é que o senador cearense José Pimentel declarou corretamente que no Brasil quando o Banco Central eleva um ponto percentual na taxa de juros, está dando 11 bilhões de reais para o que contabilizou como 12 mil financistas especuladores que vivem às custas da sociedade brasileira.

Portanto, quando comemoramos mais um Sete de Setembro da independência nacional, quarta-feira passada, é fundamental uma reflexão sobre essa data porque no mundo atual não são muitas as nações que exercem a própria soberania.

Ou porque várias foram agredidas militarmente através da pilhagem imperial, ou muitas foram submetidas economicamente.

A transição a um novo e mais elevado processo de civilização solidária em nosso País passa fundamentalmente pela nossa integridade territorial, vigorosa identidade cultural, profundos avanços sociais, uma economia soberana, industrializada, diversificada e plenamente desenvolvida.

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