11 fevereiro 2012

Por e-mail, comentários sobre meu artigo “Justas interdições no carnaval libertário”:

De Luiz Carlos. L. Lins: “Muito oportuno e pertinente vosso escrito "Justas interdições no carnaval libertário" suportado no trabalho de Rita de Cassia. Tal intervenção reporta-nos ao registro descrito por meu Pai; membro do PCB, acerca de uma quadrinha que se cantava nas festas carnavalescas do Carnaval de Afogados no ano de 1934:" ê capoeira, ê capoeirá, abre bem esta roda pro povo podê entrá...Pra derrubar o guverno,que ao povo quer matar...puliça aqui não entra, de farda nem se pagar... (autoria desconhecida). Corroborando as facetas festivas e de luta, a envolverem estes folguedos. As proibições de ações impertinentes dos descompassados, representam a defesa da maioria que quer frevar e "guerrear" ao compasso inebriante do frevo. ”
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De Maria Perpétua Lúcio Gadelha: “O direito de ir e vir, tal qual o direito a liberdade de participar de todos os folguedos se assim for da preferência de cada cidadão é imperativo, porem, cada cidadão tem por obrigação e respeito próprio; respeitar os limites de sua cidadania, até porque não podemos deixar que poucos consigam destruir a beleza popular e democrática que traduz o nosso carnaval.”
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De Odimariles Dantas: “Interessante a publicação, contudo 'as justas interdições' hoje são adocicados conselhos, que continuam ouvidos por poucos e cumpridas por menos ainda. Sem negar a beleza e o brilhantismo dos carnavais de Olinda e Recife, nos últimos anos acredito que o número de "porcos espinhos", tem se reproduzido muito, causando danos sem justa causa: seus espinhos furam, cortam, rasgam, agridem e irracionalmente saem emporcalhando o direito do folião que nesses dias não que outra coisa senão se divertir.”
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De Vânia Câmara: "Sobre o texto em questão, o que mais aborrece o morador do Sitio histórico, é este barulho infernal de todo o tipo de som: ragee, afoxé, rock, bregas etc... Não sou contra nenhum estilo musical, mas acredito que tem hora e lugar pra cada ritmo. É tão ensurdecedor, que até um "Faustão" que na maioria dos domingos não assisto, parece que de "propósito" me pego "xingando" "Deus e o mundo" por não conseguir ouvir o som da televisão!! E o pior, que não é um frevo ou uma marchinha das antigas que bailavam nos corações de nossos pais, mas sim, aquela musiquinha "ai ai ai se eu te pego" em todos os tons e cores, que enlouquece até Vinicius de Moraes, Tom Jobim ou outro grande mestre da MPB que estão ao lado de Deus! Acho até, que é hoje o melhor lugar... Quanto ao xixis desnorteados dos bebuns sem "gps" ou "educação" é algo até permitido pelos foliões dos carnavais. Ninguém fala nada, ninguém reclama, ninguém faz um abaixo assinado, enfim, se permite e a cada ano a "bola de neve" aumenta na mesma proporção que os caminhões pipa que lavam estas ladeiras de Olinda e enquanto de minha janela observo a lavagem, fico pensando na falta dela em tantas cidades do nosso nordeste... Aqui em Olinda com ela, se lava xixi!!!!!! E os beijos...aaaahhhh os beijos... que se beijem, que se deem, que se permitam mais uma vez, porque caríssimo Luciano Siqueira, se um não quer, dois não se "bicam"!!!!"
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De Leandro Borges: “Bem na horinha seu artigo. Não só o carnaval do Recife, mas também as praias do Recife e em especial Boa Viagem, que dão uma demonstração prática e real do que deve ser a democracia. Independentemente de quem é rico ou pobre, todos os sábados e domingos, a praia é tomada por milhares de pessoas de todas as classes. Uns sentam-se nas cadeiras outros na própria areia e haja escolha do que se vai beber e comer, dependendo do gosto o do tanto de dinheiro no bolso. Mas todos participam e CONVIVEM em paz, dentro de uma bagunça organizada. Acho isso um espetáculo muito bom de se ver e de se desfrutar. Sempre que posso estou lá junto com Sonia, tomando minha cerveja geladinha e comendo um peixinho. Nesse mister Pernambuco dá aula! Tenho porém uma sugestão à fazer! Entre os frequentadores da praia estão os pescadores amadores. Lazer que reputo da melhor espécie para quem já curtiu ou curte. Porém não foi uma nem duas vezes que aconteceram acidentes com o hábito de se pescar em cima dos arrecifes. A onda vem, as vezes de forma inesperada e a queda quase sempre é certa com consequências bastantes dolorosas. Agora eu pergunto deputado, porque não se colocar pequenas estruturas sobre os arrecifes e com altura acima da maré máxima que permitissem a pesca artesanal como é praticada, em total segurança para os pescadores. No Rio Grande do Sul isso existe as dezenas, sem agredir o meio ambiente e nem a paisagem. Isso só valorizaria a praia, evitaria um monte de acidentes e criaria um diferencial para Recife. Bastava que fosse uma estrutura leve e espaçadas a cada duzentos metros que desapareceriam na paisagem e permitiria além de tudo um lugar contemplativo para todos. Inclusive os namorados! Deputado, pense nisso!"
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De Bia Andrade: “Aqui deste Rio de Janeiro escaldante...quase 40 graus, me delicio com seu blog sobre as interdições do Carnaval, todas óbvias, como não transformar nossos sítios históricos em latrinas, ou assediar mulheres que exercitam o direito de se divertirem sem tutelas, e nem por isso querem ser incomodadas, etc... O diferencial é a graça e leveza com que trata estes temas considerados pesados ou caretas se preferir... Sempre apreciei sua "pena" e tenho certeza cada vez mais que és um "cristão novo" pelo humor judaico de sua prosa, quem sabe, um discípulo de Machado que olhava seu tempo com delicioso sarcasmo. Evoé para você!”

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