03 março 2012

Eleições de outubro: Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe

Do site www.lucianosiqueira.com.br:
Na CBN, Luciano avalia eleições no Recife e em Olinda
De Brasília, onde participava de reunião plenária do Conselho Nacional das Cidades, o deputado Luciano Siqueira (PCdoB) conversou na tarde desta quinta-feira (01) com o jornalista Aldo Vilela, da rádio CBN/Recife. As eleições municipais deste ano foi o principal assunto da entrevista. Leia abaixo a entrevista completa.
Qual a leitura que o senhor faz da eleição no Recife? É muito cedo para fazer alguma avaliação, é precipitada alguma opinião vinda do partido?
Luciano Siqueira: Nós temos os meses de março, abril, no máximo até meados de maio para que a Frente Popular resolva que caminho vai percorrer. Se nós reuniremos todos os partidos da Frente Popular e teremos um nome para apresentar, sendo o do prefeito João da Costa ou outro nome, ou se nos partiremos com mais de uma candidatura. Essa hipótese de outra candidatura tem sido levantada a partir da movimentação liderada pelo senador Armando Monteiro, que tem sido feita de maneira muito correta, cuidadosa, sem excluir a possibilidade de uma candidatura única, mas abrindo o processo de discussão com os demais partidos.
Um processo que tem se mostrado extremamente salutar no sentido de que é preciso que todos os aliados do PT possam também examinar alternativas na medida em que o PT não encontra ainda uma unidade interna, uma convergência de opiniões, que possa nos levar a uma definição. Portanto, no Recife ainda estamos em compasso de espera. Isso tem que ser feito com calma.
Essa espera não gera ansiedade nos partidos?
Luciano: Não, porque a tradição é essa. Antes do carnaval se fala muito, quando terminam os festejos de Momo, que antigamente era na quarta-feira e hoje é no domingo. Da segunda-feira pós-carnaval em diante as fantasias e as máscaras são guardadas nos armários e aí a conversa passa a ser mais transparente e objetiva. E é isso que está começando agora.
Há em Olinda disposição e vontade de partir para a reeleição junto com Renildo?
Luciano: A ideia do PCdoB é reapresentar a candidatura do atual prefeito, Renildo Calheiros, e me parece que ele disputará a eleição em uma situação muito favorável. Por que há um número enorme de partidos, não só os partidos que fazem parte da gestão, mas de outros partidos que convergem no sentido de apoiá-lo. Penso que Renildo tende a se reeleger prefeito de Olinda para dar continuidade à obra que ele vem realizando, que é uma obra importantíssima.
Uma parcela da população pode ainda não ter percebido com inteireza, mas nunca se teve nos anos recentes tanta realização em Olinda, tanta obra, tanta construção. Isso em razão do prestígio do prefeito tanto junto ao Governo Federal quanto junto ao Governo do Estado, remediando uma situação que é crônica em Olinda, que é uma cidade com problemas de cidade grande e receita de cidade pequena, e com recursos próprios é muito difícil realizar as grandes coisas que são necessárias realizar na cidade. Com recursos do Governo do Estado e do Governo Federal, com uma contrapartida mínima do município, Renildo tem conseguido abrir grandes canteiros de obras, que estão em curso. Acho que a população vai lhe dar o segundo mandato para dar continuidade a essa gestão.
A deputada Luciana Santos é sempre lembrada quando se trata de eleição em Olinda. Existe a possibilidade de que ela venha a disputar a prefeitura, ou isso não passa na cabeça dos dirigentes do partido?
Luciano: Não, o PCdoB não tem cogitado essa opção. Apenas em uma ocasião, entrevistado aqui no seu programa sobre a movimentação dos partidos aliados no município, o prefeito Renildo Calheiros afirmou, com toda convicção, que aquele não era o momento de discutir candidatura, embora ele respeitasse os demais partidos que quisessem especular nesse sentido, mas ele como prefeito iria se dedicar a gestão. E disse mais, assim de passagem, que se fosse necessário ao partido o candidato poderia ser a ex-prefeita Luciana Santos ou qualquer outro companheiro. Mas, isso ele falou assim de passagem, nós não estamos cogitando essa possibilidade. Primeiro, porque estamos satisfeitos com o desemprenho do nosso prefeito Renildo Calheiros e segundo porque a deputada Luciana Santos assume hoje uma atividade fora do município, embora ela esteja sempre vinculada à população de Olinda. Ela é vice-presidente nacional do PCdoB e atualmente líder da bancada na Câmara dos Deputados. Deslocar Luciana nesse momento para uma eleição municipal seria desnecessário.
Como fica a situação do partido em Paulista? Há um desejo de lançar de fato Jorge Carreiro?
Luciano: Há um desejo sim, mas em Paulista como nos demais municípios o PCdoB jamais lançará um candidato próprio sozinho. Não precisamos necessariamente do aval do governador, mas é claro que todo município que tem o apoio do governador tem um apoio importante. Entretanto, é possível que haja algum município em Pernambuco em que o PCdoB dispute eleições sem necessariamente contar com o apoio do PSB. Na verdade cada município tem sua opinião própria e você se expressou muito bem quando disse que o atual prefeito se encontra numa situação delicada porque o PSB, o partido ao qual ele está filiado, apresenta o nome do vereador Júnior Matuto.
O PCdoB tem colocado à disposição da Frente Popular no município o nome do secretário de Planejamento, Jorge Carreiro, que é um homem muito preparado. Outro dia foi entrevistado por você, quando, em minha opinião, deu um depoimento muito satisfatório sobre os problemas de Paulista e de toda a área Norte da RMR. Temos de ver também a opinião dos demais partidos que apoiam a gestão de Ives Ribeiro, mas também estão ligados a Frente Popular.
Também em Paulista temos que ter calma, paciência, porque ou nós teremos Jorge Carreiro candidato a prefeito ou nós estaremos integrados a outra composição, que tanto pode ser o vereador Júnior Matuto candidato ou outro companheiro ou companheira, conforme a vontade do conjunto dos partidos. É claro, que a opinião do governador é importante, mas a dinâmica própria do município, em minha opinião, é um fator decisivo para a composição final que venha a se celebrar lá pelos meados de maio.
Em Camaragibe é o fim de um ciclo após oito anos de governo, ou vai ser apresentado algo para o eleitor?
Luciano: Espero que não. O nosso prefeito tem ouvido muito todos os partidos e aliados e cogita apresentar um nome do PCdoB ao conjunto dos partidos para a eleição. Lá, provavelmente, a Frente Popular, como em outros municípios, não marchará toda unida. É possível que haja mais de um candidato da Frente Popular, como é possível que haja mais de um candidato da oposição. Camaragibe talvez seja o município da Região Metropolitana do Recife em que o quadro eleitoral esteja mais confuso. É preciso também dar tempo ao tempo, mas a intenção do PCdoB e do nosso prefeito é apresentar um nome.
Nas fotos, Renildo Calheiros e Jorge Carreiro.
Da Redação do site.

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