23 novembro 2012

Desafiando o infinito Universo

Na esteira fantástica de Flash Gordon
Luciano Siqueira

Publicado no Blog da revista Algomais

Sim, sou do tempo de Flash Gordon, personagem de revista em quadrinhos criado pelo norte-americano Alex Raymond, que a partir de 1934 (ainda não era meu tempo, esclareço) encantou gerações com aventuras espaciais que imaginávamos jamais aconteceriam. Eu e minha turma da Lagoa Seca, bairro periférico de Natal, RN, vibrávamos com as historinhas traduzidas para o português em “gibis”.

Pensar que um dia foguetes transportariam naves levando astronautas para explorar lugares distantes anos luz da Terra, jamais! Até porque a primeira tentativa do nosso herói, ao lado do Dr. Zarkov e Dale Arden, rumo ao imaginário planeta Mongo, fracassou...

Pois bem. O mundo evoluiu nas asas da ciência e as aventuras de Flash Gordon se tornaram realidade. E quanto mais se aprimoram as técnicas de exploração desse imenso universo formado por galáxias mil, mais novidade surge. A última é a descoberta de uma planeta anão – vejam só! -, batizado Makemake, visualizado através de uma combinação sofisticada de foguetes e telescópios, justo no momento em que ele flertava com uma estrela.

O Makemake é um dos cinco planetas anões pertencentes ao sistema solar. Por deduções engenhosas, sabe-se que o dito cujo não dispõe de atmosfera consistente, assim como parece carecer de atributos outros mais significativos. E por aí vai a análise do pequenino planeta.

Tudo bem. Breve mais se dirá, assim como serventia se encontrará para o achado. Por enquanto, ao lado dos esforços extraordinários dos cientistas abre-se uma imensa estrada para a imaginação dos poetas, que sempre enxergam nos corpos celestes mensagens que tocam a sensibilidade dos enamorados, dos tristes, dos esperançosos, enfim dos que vivem intensamente a vida cá embaixo.

Cá com meus botões, sem a verve poética nem a imaginação criadora que instiga cientistas a saberem mais do mundo material que nos envolve, limito-me a uma singela homenagem a Alex Raymond e seus colaboradores, que expunham em quadrinhos mágicos a possibilidade de se ir tão longe na busca de perscrutar o desconhecido.

Mais: com todo respeito ao arsenal criativo da TV e do cinema da atualidade, rico em efeitos especiais, hoje imaginar essas coisas é fichinha. Queria ver nos anos 50, quando Flash Gordon e seus companheiros inventaram – aquilo sim, ousada criatividade! – aquelas viagens fantásticas.

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