24 março 2013

Uma face da luta ideológica

PCdoB: Memória, História e Hegemonia
Por Augusto Buonicore,
no portal da Fundação Mauricio Grabois

A história passou a se constituir no grande patrimônio do PCdoB. A disputa pela memória é parte integrante da luta ideológica.

Aprendemos, através dos clássicos do marxismo, que a luta de classes se desenvolve em três níveis. Primeiro, o econômico, no qual os operários começam a sentir o que representa a exploração que sofrem e agem para minimizá-la, através da luta por aumento de salários, redução da jornada e conquista de direitos sociais. Segundo, o político, no qual eles tomam consciência de que somente lutando e conquistando o poder de Estado é que podem inverter a ordem das coisas e iniciar o caminho que os levará à eliminação da opressão e exploração do capital sobre o trabalho.

Por fim, o terceiro nível, o ideológico ou da luta de ideias. Combater e vencer a burguesia também, neste nível, é condição fundamental para que os trabalhadores possam conquistar a hegemonia numa determinada sociedade. A luta ideológica é permanente e percorre todas as estruturas da sociedade e, por isso, não pode ser subestimada. Mas, o que isso tem a ver com o tema deste artigo: “PCdoB: memória, história e ideologia”? Tem tudo a ver.

A disputa pela memória é parte integrante da luta ideológica – ou seja, da luta no campo das ideias, das representações e práticas sociais. Um povo ou uma classe sem memória, sem uma identidade que se funde num determinado passado e num projeto de futuro, estará sempre fragilizado diante de seus inimigos. As classes e países dominantes, ao longo da história, buscaram sempre obscurecer e mesmo apagar a memória e a identidade dos dominados. Como disse Marx: as ideias dominantes são sempre – ou quase sempre – as ideias das classes dominantes. Isto acontece, segundo Lênin, “pela simples razão de que, cronologicamente, a ideologia burguesa é muito mais antiga que a ideologia socialista, está completamente elaborada e possui meios de difusão infinitamente maiores”. Entre esses meios (ou aparelhos ideológicos) se encontram a chamada grande imprensa (jornais, revistas, rádios e TV), as escolas e certas igrejas.

Leia o artigo na íntegra http://migre.me/dOMuB

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