21 abril 2013

Mais uma do mestre Carrero

Jornal do Commercio:
Tia Guilhermina, o anjo nu de Raimundo Carrero
O escritor pernambucano fala ao JC sobre o lançamento do seu mais novo livro, Tangolomango, nesta segunda (22/4), na Livraria Jaqueira

Tia Guilhermina, protagonista do livro Tangolomango – Ritual das paixões deste mundo (Record, 128 páginas, R$ 30) é ficcional, mas o fascínio que ela exerce sobre os leitores é bastante real – a começar por seu autor. Nesta segunda (22/4), o escritor pernambucano Raimundo Carrero lança o seu primeiro livro feito após sofrer um AVC (em 2010), em evento na Livraria Jaqueira – Rua Antenor Navarro, 138, às 19h. Nesta entrevista, ele apresenta brevemente a personagem – por quem está encantado desde então –, comenta a carnalidade do romance e fala da dificuldade inicial para escrever Tangolomango.
JORNAL DO COMMERCIO – Tangolomango é o primeiro livro que você concluiu após o seu AVC. Em que medida foi mais difícil escrever esse romance em comparação aos outros?
RAIMUNDO CARRERO –
Tive dificuldades físicas e mentais. Por um lado porque não conseguia usar a mão esquerda e tive que, em primeiro lugar, ditar para minha terapeuta, Elaine Vasconcelos. Mas, depois das primeiras páginas, senti que ditar não era bom, não fazia parte de mim. Daí comecei a escrever com um dedo só da mão direita, o indicador, e assim fui até o fim. Depois comecei a perceber que minha mente cansava muito e que parecia flutuar, a ponto de me desconcentrar. Terminei escrevendo 100 páginas, quando poderia escrever muito mais; mesmo assim acho que escrevi o melhor para aquela hora.

JC – Como você apresentaria Tia Guilhermina em poucas palavras, para quem nunca a conheceu?
CARRERO –
Um anjo leve, solto e nu, que tem um grande carinho pela humanidade, embora cheia de erotismo, de medos, e culpas.
JC – Você gosta muito do momento do lançamento de um livro. Por quê? O que planeja para a noite de autógrafos de Tangolomango, na segunda?
CARRERO –
Gosto de lançamentos porque são uma espécie de prestação de contas daquilo que o escritor vem fazendo no silêncio e na solidão. Teremos, por exemplo, uma apresentação do consagrado violonista Cláudio Almeida e leitura da jornalista e atriz Stella Maris, contando com a minha participação. 

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