10 setembro 2013

Mercado de trabalho: tendências

Portal Ipea:
Nível de ocupação se recupera, mas rendimento está em queda
Boletim de Mercado de Trabalho aponta ainda dificuldade do jovem de manter emprego estável
. Um panorama do mercado de trabalho no primeiro semestre de 2013 e duas notas técnicas que investigam a dificuldade do jovem de manter uma trajetória estável no emprego. Esses são os destaques do Boletim de Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise n° 55, divulgado nesta quarta-feira (4) na representação do Ipea no Rio de Janeiro.
. Apresentado pelo diretor-adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Carlos Henrique Corseuil, o estudo aponta ligeiro desaquecimento do desempenho do mercado de trabalho metropolitano brasileiro, mesmo com os indicadores ainda situados em patamares satisfatórios e apresentando médias para o primeiro semestre melhores que o observado no mesmo período de 2012.
. A taxa de desocupação apresentou uma tendência de crescimento nos seis primeiros meses de 2013, comportamento que não havia sido observado nos anos imediatamente anteriores. A marca de 6,0% em junho ainda é das menores na história recente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), sendo a segunda menor observada para esse mês – a menor foi justamente no ano anterior.
. A população ocupada cresceu em média 1,2% no primeiro semestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano anterior, com uma geração de 272 mil postos de trabalho. Já o rendimento médio real habitualmente recebido registrou um ganho médio de 1,5% no primeiro semestre de 2013 em comparação ao mesmo período de 2012, ficando em torno de R$ 1.875,2 e registrando o valor de R$ 1.869,2 em junho.  Apesar de se manter em patamares superiores em comparação com os anos anteriores, o rendimento real aumentou apenas entre janeiro e fevereiro e entrou em uma suave trajetória de declínio desde então.
. Motivado por temas como o lançamento do Estatuto da Juventude, das mobilizações sociais e da Jornada Mundial da Juventude, o Boletim investigou o trabalho do jovem. Os resultados mostram que os estabelecimentos em setores de alta rotatividade tendem a empregar uma parcela maior de trabalhadores jovens.
. O estudo informa que o jovem costuma entrar pela “porta errada” no mercado de trabalho: a dos contratos mais instáveis. A Nota Técnica A rotatividade dos jovens no mercado de trabalho formal brasileiro conclui que essa dificuldade geralmente está relacionada ao grande fluxo de saída de empregos. Esse fluxo pode ser o sinal de curtos períodos de trabalhos, os quais geralmente estão associados à baixa qualidade do posto de serviços ou a baixos níveis de formação dos trabalhadores.

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