14 março 2014

No seminário acerca da SUDENE (2)

Considero oportuno mencionar que no primeiro governo Lula, sob a coordenação da professora Tânia Bacelar, então secretaria nacional de Desenvolvimento Regional, ocorreu amplo processo de ausculta à sociedade em torno de um relançamento da SUDENE, em bases sintonizadas com a contemporaneidade. Dois elementos se apresentaram com força: a necessidade da SUDENE, a exemplo da SUDAM, como instrumento auxiliar de uma política nacional de desenvolvimento regional; e o empandeiramento da autarquia com recursos próprios, que poderiam advir do Fundo de Desenvolvimento Regional. Isto no contexto de uma economia nacional integrada, na qual permanecem e pespegam as desigualdades regionais, diferente, entretanto, da realidade de nossa economia nos primórdios da SUDENE, quando criada sob a liderança de Celso Furtado. Em meados dos anos setenta do século passado, completou-se o que podemos chamar de integração das economias regionais, formando uma economia nacional única, conforme estudos importantes, ente os quais o do economista Leonardo Guimarães. Essa nova realidade em servido de base objetiva, inclusive, para a conformação do discurso da comunidade técnica e do empresariado local, não mais lastrado na falsa concepção de que a região estaria destinada inexoravelmente à pobreza e ao subdesenvolvimento.

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