05 abril 2014

Números corrigidos não reduzem peso do machismo

Ipea admite erro em pesquisa sobre violência contra a mulher
Na Carta Capital: Segundo o instituto, 26% dos brasileiros acham que mulheres que exibem o corpo merecem ser estupradas e não 65%, como divulgado anteriormente
. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicou nesta sexta-feira 4 um pedido de desculpas no qual admite erros na pesquisa sobre violência contra a mulher divulgada no fim de março e que gerou grandes debates no País, envolvendo até mesmo a presidenta da República, Dilma Rousseff. Segundo o Ipea, Rafael Guerreiro Osorio, diretor de Estudos e Políticas Sociais do instituto e um dos autores do estudo, pediu sua exoneração assim que o erro foi detectado.
. Os dados originais da pesquisa continham dois erros, provocados, segundo o instituto, por uma troca de gráficos em duas das perguntas. As imagens com as porcentagens de respostas estavam invertidas. Uma das perguntas questionava o entrevistado sobre sua concordância com a frase: Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar. A outra era a frase que gerou mais polêmica: Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.
. Como os resultados estavam invertidos, na verdade 65% das pessoas concordam com a primeira afirmação, a de que mulheres agredidas que permanecem com os parceiros gostam de apanhar. A porcentagem de pessoas que concorda com a afirmação de que mulheres que usam roupas reveladoras merecem ser atacadas é de 26% e não de 65% como divulgado anteriormente.

. Confira a íntegra da nota oficial do Ipea: http://migre.me/iEttm

Nenhum comentário: