11 outubro 2014

Segundo turno: implicações geopolíticas

Avanço ou retrocesso
Eduardo Bomfim, no Vermelho

O segundo turno das eleições presidenciais mostra a face real do confronto político existente no País que se agudizou nos últimos anos.
Não é preciso ser expert na matéria para constatar que o Brasil, as nações que compõem os BRICS, sofrem sistemáticos ataques especulativos nas finanças internas, no tecido social e institucional.
As denúncias de Edward Snowden, Julian Assange sobre as estratégias dos Estados Unidos contra os povos, cidadãos, nações emergentes não são futuristas, fazem parte do cotidiano que testemunhamos.
A crise capitalista iniciada em 2008 que mergulhou os EUA, a Europa numa catástrofe econômica com trágicos desdobramentos sociais, longe de esmaecer continua a se intensificar.
Mas os Países que integram os BRICS avançaram na contramão dessa maré da grande recessão mundial apesar de sofrerem as consequências da debacle estrutural do capital reduzindo o crescimento nos últimos anos.
No contrafluxo dessa crise sistêmica, à visível decadência dos Estados Unidos como potência hegemônica imperial, cujo moto contínuo passou a ser a promoção de guerras de rapina por riquezas naturais ou de natureza geopolítica, elevou-se o anseio de nações emergentes em defesa de outra ordem global multilateral, democrática.
As eleições presidenciais realizam-se de um lado com a volúpia insaciável do capital especulativo num mundo financeiramente exaurido, de outro, a luta dos povos pela transição a uma nova página na História.
A candidatura de Aécio Neves é sinônimo do neoliberalismo ortodoxo, Estado mínimo, do “Mercado” financeiro, de uma mídia oligárquica a ele associada.
A reeleição de Dilma é vetor das mudanças, políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico, investimentos sociais, fortalecimento estratégico do Estado nacional, representa o campo da resistência ao neoliberalismo.
A defesa entusiasta da grande mídia, do capital especulativo, ao candidato Aécio Neves defensor do liberalismo já aplicado nos dois governos de FHC traduz-se como grave retrocesso ao povo brasileiro.
Assim é fundamental intensa mobilização social para a vitória de Dilma em 26 de outubro que tenha como pressuposto a constituição de uma ampla frente nacional, popular, democrática, sem particularismos, em defesa da nação, do desenvolvimento econômico, do progresso social.

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