17 novembro 2014

Dever e prazer

Uma amiga, a quem ajudo na solução de problema pessoal junto a uma das nossas instituições públicas, insiste em agradecer (de modo efusivo). Retruco, dispensando os agradecimentos, com a frase pinçada do Apóstolo Paulo numa Carta aos Corintos: “Nós nos pertencemos uns aos outros.” Mas ela insiste: “Eu tenho que dizer ‘muito obrigado’, é a única maneira de reconhecer sua ajuda.” Tudo bem, que se há de fazer? Apenas peço que entenda que pratico a solidariedade como dever e prazer. Naturalmente. Sem obrigatoriedade de gratidão, nem de reciprocidade. 

Nenhum comentário: