19 março 2015

A saída é pela política

Unir, resistir e avançar

Luciano Siqueira, no Vermelho

Quando tudo parece embaralhado, embaralhar mais ainda nada resolve; antes reforça a confusão.

A cena política nacional mostra-se embaralhada e confusa. A cobertura midiática, propositadamente superficial e furta-cor, passa a impressão de que chegamos ao fundo do poço e ninguém se entende.

Em certa medida, o desentendimento ocorre - tanto no campo oposicionista, como no governista.

As manifestações da sexta e do domingo demonstraram isso. 

Na sexta, a posição dúbia de setores do movimento sindical subtraiu energia da defesa firme do mandato da presidenta Dilma e da legalidade democrática. 

No domingo, embora o alvo fosse a presidenta e o PT, ergueram-se bandeiras várias - em ambiente fortemente marcado pelo ódio e pelo preconceito –, aparentando certa dispersão.

Mas ambos os lados têm foco.

As oposições partidária e midiática querem inviabilizar o segundo governo Dilma – com ou sem o afastamento da presidenta. Para interromper o ciclo de mudanças e conquistas sociais em curso desde 2003.

As forças governistas e do campo progressista objetivamente precisam defender o mandato da presidenta, a manutenção da ordem democrática e o prosseguimento da travessia a um projeto de nação soberana e socialmente avançada.

Do lado de cá do front, sob a confluência de múltiplos fatores negativos – das pressões da crise global sobre a nossa economia aos impactos nocivos do ajuste fiscal, passando pelo bombardeio diuturno da mídia tendo como fulcro a chamada Operação Lava Jato – e numa correlação de forças momentaneamente adversa, a solução é política.

E a pedra de toque é reunir forças em torno de bandeiras claras, concretas e oportunas.

Em pronunciamento na segunda-feira última, Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, elencou o que considera sejam as bandeiras mais importantes: 1. Defesa da democracia, da legalidade, do mandato legítimo e constitucional da presidenta Dilma; 2. Defesa da Petrobras, da economia e da engenharia nacional; 3. Combate à corrupção, fim do financiamento empresarial das campanhas; e 4. Pela retomada do crescimento econômico do país e garantia dos direitos sociais e trabalhistas.

Uma plataforma objetiva e viável.

Cumpre à presidenta Dilma e aos segmentos mais avançados da coalizão governista agirem tanto na esfera parlamentar e partidária, como junto à sua base social, nessa direção.

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