10 setembro 2015

Regressão social

Tragédia humana

Eduardo Bomfim, no portal Vermelho

Além dos efeitos da crise capitalista da Nova Ordem Mundial da financeirização parasitária da economia global que avançou sobre as nações de forma hegemônica desde a década de 90 passada, assiste-se no presente outro fenômeno de proporções dantescas.
Trata-se das gigantescas ondas de refugiados, não confundir com imigrantes legais ou ilegais, que acorrem ao continente europeu provenientes de Países devastados por guerras brutais na África e Oriente Médio.
Assim somam-se na atualidade situações com efeitos colaterais dramáticos e uma debacle na economia internacional, provocando a ruína das nações, o desemprego massivo, especialmente entre as camadas jovens dos trabalhadores, associada à precarização dos diretos trabalhistas arduamente conquistados durante os últimos 70 anos.
Apesar da abrangência mundial da atual crise capitalista ela vem atingindo especialmente os Países do primeiro mundo, mas a Europa com particularidades.
Em que pese o poder da mídia oligárquica, ligada às forças do Mercado Financeiro, orientada pela liderança do complexo imperial anglo-americano, já não é mais possível, apesar das tentativas, esconder nem os efeitos da decadência econômica mundial em curso, muito menos o que já se mostra como algo sem precedentes na História contemporânea.
Afirma o jornalista Mauro Santayana “Não tivesse ajudado (ou coonestado) a invadir, destruir, vilipendiar, países como Iraque, Líbia e Síria; não tivesse equipado com armas e veículos, por meio de suas agências de espionagem, os terroristas que deram origem ao Estado Islâmico, para que estes combatessem Kadafi e Bashar Al Assad, não tivesse ajudado a criar o gigantesco engodo da Primavera Árabe, prometendo paz, liberdade e prosperidade, a quem depois só se deu fome, destruição e guerra, estupros, doenças e morte, nas areias do deserto, entre as pedras das montanhas, no profundo... das águas do Mediterrâneo”, a grande maioria dos governos europeus “não estaria às voltas com uma crise humanitária... só comparável aos grandes deslocamentos humanos que ocorreram no fim da 2a Guerra Mundial”, diz o jornalista.
Um cenário global que exige do Brasil solidariedade ativa, muita lucidez, vigorosa luta pela soberania nacional, liberdades democráticas, integridade territorial, num contexto geopolítico dramático.
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