19 abril 2016

Mancha histórica

Duelo entre a hipocrisia e a verdade
Thauan Fernandes*, no Facebook

A votação de ontem tem muito a ensinar aos olhares atentos dessa geração.
Falaram das "suas" mulheres e filhos. Falaram das suas famílias. No escracho mais vil do que representa um mandato erguido pelo dinheiro e pelo interesse privado.
Ou então, falaram "da sua cidadezinha", óbvio, seus habitantes talvez estejam pela primeira vez na vida assistindo a uma votação do plenário da câmara. O interesse está de novo no privado, nas eleições deste ano.
Do lado da defesa da democracia, está a defesa coletiva de um país, de ideias revolucionárias. Jandira, do PCdoB, falou dos mais de 60 anos de ilegalidade da história do Partido, que jamais se rendeu à luta. Jean, do PSOL, falou dos direitos dos oprimidos, que morrem e sofrem todos os dias, e nunca foram sequer considerados pela dita casa. Mas principalmente, do lado da democracia, estava a defesa de um projeto.
Ficou mais que claro que nunca teve nada a ver com o combate à corrupção. Pois se tivesse, o julgador máximo não seria Eduardo Cunha.
Quantos do lado dos fascistas não foram ao voto destilar ódio ao Bolsa Família e ao Minha Casa Minha Vida? Pois para eles, o que mais incomoda é dar dignidade aos pobres.
Política, meus amigos, não é jogo de futebol, que quando se perde "se aceita a derrota" no apito final. Trata-se de um golpe de Estado! Manchada hoje amanhece a história do Brasil, com mais uma página conservadora.
Porém, quanto mais eles pisam, mais o povo cresce, invade as ruas e luta pelo Brasil.
À luta!

*Thauan Fernandes é estudante de engenharia na UFPE, ex-presidente da UEP e ex-diretor da UNE

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