26 julho 2016

Dormindo no ponto...

Panfleto eletrônico interativo
Luciano Siqueira

A resistência à inovação tecnológica tem sido apontada, ao longo dos tempos, como um fenômeno sociológico mais ou menos acentuado, nas diversas culturas mundo afora. 
Mesmo agora com o advento da internet e da parafernália de aparelhos e aplicativos de fácil manuseio, é comum que as pessoas raciocinem e se comportem como em época passada, pré-revolução tecnológica.
Ocorre agora com pré-candidatos e candidatas a vereador. Há um enorme apego a formas tradicionais de campanha, especialmente o panfleto impresso e a outros instrumentos de divulgação.
Pois se é verdade que todos têm o seu perfil no Facebook e utilizam WhatsApp, dessas ferramentas nem sempre fazem bom uso. Porque as subestimam. 
Ora, a divulgação de impressos terá o seu lugar na campanha, particularmente os conhecidos "santinhos", de muita utilidade quando os apoiadores dos candidatos se dedicam mais intensamente a amarrar votos.
Porém ainda é incrivelmente precária a prática do diálogo com amigos e seguidores no Facebook. Como se bastasse a divulgação de fotos, vídeos, breves informes e algum comentário.
O mesmo em relação ao WhatsApp. Neste caso, com um agravante: o uso persistente do chamado "grupo", ao invés da "lista de transmissão".
Na primeira alternativa, instala-se a babel: quase todos falam de tudo, incluindo piadas, mensagens de autoajuda e afins, perdendo o foco no objetivo do grupo, originariamente criado para tratar da pré-campanha. 
A "lista de transmissão", ao contrário, possibilita que cada um que as tenha se comunique instantaneamente com até 250 pessoas por lista. E assim se estabelece um diálogo direto, conciso, produtivo e eficiente.
E se cada apoiador de um pré-candidato fizer também suas próprias listas de transmissão, repassando através delas as mensagens do pré-candidato ou da sua equipe de coordenação, em segundos centenas ou alguns milhares de amigos estarão informados de ideias em debate e das atividades em andamento. Isto a um custo irrisório.
Enfim, as duas ferramentas – o WhatsApp em especial – não substituem o contato pessoal direto com o eleitor, mas o potencializa e amplia em tempo real.
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