01 setembro 2016

Golpe é contra o povo

O golpe e a República
Eduardo Bomfim, no Vermelho

Os caminhos da nossa jovem República têm sido turbulentos, inclusive após a promulgação da Constituição de 1988. Trajetória de obstáculos dramáticos, outros trágicos como o suicídio de Vargas, com gravíssimos prejuízos ao país.
É assim com Dilma Rousseff que sofreu impedimento sem cometer crime de responsabilidade e a anulação de mais de 54 milhões de votos dos cidadãos brasileiros.
É em vão descaracterizar a ação golpista de caráter multifacetário, o alinhamento aos interesses de apoderamento das riquezas do País por parte do Mercado financeiro, além da tentativa de pulverização das conquistas e garantias Históricas dos trabalhadores.
Esse enredo tem a presença norte-americana como demonstra a real espionagem pública, confessa, contra o governo e empresas estratégicas brasileiras pelos órgãos de inteligência dos Estados Unidos, fartamente divulgada através da imprensa mundial, inclusive por órgãos da mídia conservadora europeia e dos EUA.
Essa ação estende-se a outras nações especialmente China, Rússia, Índia que compõem o grupo dos BRICS protagonistas da constituição de uma ordem global multipolar em substituição ao parasitismo financeiro do “Mercado” em crise, à crescente violência norte-americana cada vez mais feroz tanto quanto indica o desmoronamento da sua sangrenta hegemonia unipolar.
No enredo golpista há de tudo: chantagem, extorsão, especialmente na Câmara Federal com a conivência da maioria dos parlamentares, a narrativa fascistóide da grande mídia, decisiva a essa peça arquitetada à luz do dia, à figura grotesca do interino Temer etc.
A trajetória do País e do povo brasileiro sempre foi maior do que aqueles que se interpõem ao seu papel estratégico de nação continente solidária, generosa e soberana. E não será diferente desta vez.
Impõe-se a necessidade de se combater o oligopólio midiático, defender a democratização dos meios de comunicação, reafirmar a nossa soberania contra a sanha do parasitismo financeiro, sem a qual o País estará sempre à mercê de soluções autoritárias, idênticas à que se desdobra na atualidade.
Assim, para se confrontar uma elite nativa retrógrada, associada e subalterna a grupos poderosos do Mercado rentista, é decisivo compor ampla frente democrática e patriótica, pelo desenvolvimento estratégico da nação ameaçada.
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