09 novembro 2016

O direito de lutar

Resistir à criminalização do movimento social
Editorial do Vermelho

A ação da polícia na manhã desta sexta-feira (4) foi truculenta; a repressão invadiu uma escola ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em São Paulo, e agiu contra a mesma organização popular no Paraná e no Mato Grosso do Sul. E demonstra a mesma sanha quando classifica como “baderneiros” os estudantes que, pacificamente, ocupam escolas em protesto contra medidas conservadoras pretendidas pelo o governo ilegítimo.

A escalada da repressão é intolerável. Ela resulta da intolerância crescente no Brasil desde o golpe consumado em 31 de agosto, que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff e alçou a seu lugar o ilegítimo Michel Temer.

A ação policial é propagada pela mídia golpista para jogar a população contra os lutadores do movimento social e os estudantes que não aceitam a pretendida “deformação” do ensino que o MEC quer impor.

O governo ilegítimo de Michel Temer, com o apoio da mídia golpista, criminaliza a luta social, que cresce e resiste. Acusa o MST de ser uma “organização criminosa”, e vê da mesma maneira os estudantes que ocupam mais de mil escolas em todo o Brasil.

Diante das sucessivas ações repressivas cresce a insatisfação e a solidariedade aos que são vítimas dos abusos e agressões. A invasão policial às instalações do MST recebeu ampla repulsa de diversas instituições nacionais e internacionais, assim como de personalidades dos mais diversos segmentos. O apoio aos que lutam por seus direitos amplia a rejeição e ilegitimidade do governo Michel Temer que insistem e dar segmento a um programa contrário aos interesses do Brasil e dos brasileiros.

Os democratas, patriotas e progressistas não podem aceitar violência de nenhuma espécie, sobretudo a ação repressiva do Estado a serviço de um governo golpista e ilegítimo. E já há uma data um grande repúdio à repressão e defesa da democracia: 11 de novembro, quando ocorrerá a manifestação nacional convocada pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, centrais sindicais e movimentos sociais. O fascismo e sua violência precisam ser detidos!

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